O caminhoneiro Nilson Pedro dos Santos, de 35 anos, responsável pela condução do caminhão que provocou diversos estragos, em Curitiba no dia 14 de janeiro, foi indiciado pela Polícia Civil (PCPR) por tentativa de homicídio, condução de veículo automotor com capacidade psicomotora alterada, omissão de socorro e por afastar-se do local do acidente.
Ele foi preso pela Polícia Militar do Paraná (PMPR), na Cidade Industrial de Curitiba, no dia do crime. A investigação é da Delegacia de Delitos de Trânsito (Dedetran).
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No total, foram 12 veículos prejudicados. Segundo as investigações da PCPR, o caminhão estava em alta velocidade e atingiu diversos veículos pelo caminho. Os danos foram causados também no decorrer da BR-277 e em Ponta Grossa, nos Campos Gerais. Ao longo do caminho, a carga com caixas de cerveja foi despejada na pista.
“Durante as diligências a PCPR ouviu testemunhas e envolvidos e analisou imagens e laudos periciais que auxiliaram na conclusão do inquérito policial”, explica o delegado da PCPR Edgar Dias Santana.
Cronologia
Conforme o Santana, a sequência de eventos envolvendo o motorista começa em Ponta Grossa, no dia anterior, por volta das 20h. “Apuramos que esse indivíduo chegou em Ponta Grossa por volta das 20h. Na sequência, por volta das 21h, saiu do posto de combustível e se dirigiu até um estabelecimento comercial”, disse o delegado.
Foi nesse estabelecimento comercial, um bar, que Nilson Pedro dos Santos ingeriu duas cervejas de 600 ml e três caipirinhas de cachaça. “Na sequência, retornou para o posto. Neste momento, segundo ele, no início do período da manhã, ele teria consumido substância entorpecente”, afirmou Santana.
Segundo as investigações, por volta das 6h20 do dia 14 de janeiro, ele deixa o posto de combustível. Foi nesse momento que o motorista diz ter sido alertado que havia duas pessoas em cima do veículo. “Ele entrou em um momento de surto e, a partir daí, começou a dirigir de forma desgovernada por aproximadamente 1 hora”, concluiu o delegado.
Uso de rebite e álcool
No dia do crime, Nilson já havia sido autuado por tentativa de homicídio, direção sob efeito de substância entorpecente, direção perigosa e omissão de socorro, conforme a delegada Vanessa Alice. Por conta da somatória de uma possível punição, ele não teve direito a pagamento de fiança para ser solto da Dedetran.
Em depoimento, na época, o motorista do caminhão confessou ter feito uso de rebite (droga sintética) e ter bebido cerveja antes de viajar de Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais para Curitiba.