O caminhoneiro Antônio Diniz Soares, 46 anos, foi detido por policiais militares na quinta-feira (05), pouco antes das 19h, suspeito de aliciar uma menina, de 11, e uma garota, de 15, no Parolin. Ele foi flagrado pelos PMs na Rua Montese, encostado em seu Peugeot prata, conversando com a adolescente, que está grávida, e com a criança. O tenente Cantador, do 12.º Batalhão da PM, que continuava a operação iniciada ao meio-dia, parou a viatura, deixou o homem na companhia dos colegas policiais e chamou as meninas num canto.

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“Expliquei que elas deveriam me contar o que estava acontecendo. Começaram a descrever coisas inadmissíveis. Disseram que faziam em troca de dinheiro e que há algumas semanas tinham ganhado telefone celular”, disse Cantador. Conforme o relato das duas, o caminhoneiro costumava estimular seu órgão sexual enquanto as bolinava.

A menina de 11 anos disse que ele também pedia que ela o masturbasse.

Telefone

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De acordo com o policial, Antônio marcava os encontros com a mais velha por telefone. “Pela conversa delas, não era a primeira vez que as procurava”, explicou. Os PMs levaram o detido ao Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente (Nucria), no Batel. Depoimentos dele e das garotas terminaram de ser ouvidos pela delegada Luciana Novaes somente às 2h30 de sexta-feira (06). “Ele foi autuado por exploração sexual de menores, crime previsto no artigo 218-B do Código Penal. Pelo que levantamos preliminarmente, não houve conjunção carnal, mas isso será investigado”, resumiu à delegada.

Ela confirmou que a garota de 15 anos está grávida, mas assegurou que o caminhoneiro não é o pai do bebê. Antônio negou explorar as meninas. Em sua defesa, disse que só estava conversando com elas e que eram apenas suas amigas.

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Enquanto esperava para ser ouvida, a garota mais nova ficou desenhando com lápis de cor, em uma sala do Nucria. A cena retratada por ela era do momento em que a PM prendia Antônio. De um lado do quadro, a viatura e o policial apontando a arma, do outro, a representação do caminhoneiro com as mãos para o alto. Pela manhã, as duas foram levadas pela polícia de volta para casa onde moram com a avó, no Parolin. De acordo com a polícia, a mulher disse não desconfiar que as netas sofressem abuso.