A Câmara de Vereadores de Curitiba aprovou terça-feira (13), em primeiro turno, o projeto de lei que para homenagear a menina Rachel Genofre, violentada e assassinada brutalmente em 2008, cujo corpo foi encontrado em uma bolsa na rodoviária. A proposta é dar o nome da criança, que tinha 8 anos quando foi morta, a alguma rua, jardim ou praça, conforme sugestão da própria mãe da menina, Maria Cristina Lobo Oliveira, em 2019, quando o crime finalmente foi solucionado pela Polícia Civil após 11 anos. A votação em segundo turno da proposta será nesta quarta-feira (14) na Câmara.
O caso ganhou repercussão nacional pela dificuldade da Polícia Civil na investigação. O autor do crime brutal, Carlos Eduardo dos Santos, 55 anos, já cumpria pena no estado de São Paulo por outros crimes sexuais contra crianças. Ele só foi identificado graças ao Banco Nacional de Perfis Genéticos, criado no mesmo ano em que o crime foi solucionado. O material genético que a Polícia Civil detinha colhido no local do crime foi comparado com o de condenados por crimes sexuais, chegando ao autor da brutalidade.
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A vereadora que propôs a homenagem a Rachel, Maria Manfron (PP), relembrou na sessão remota o impacto que a morte da menina causou na sociedade. Na primeira votação, foram 29 votos favoráveis. A matéria retorna à pauta nesta quarta-feira (14), antes de estar pronta para a sanção do prefeito.
A ideia original da homenagem era que o nome de Rachel Genofre fosse dada à própria rodoviária de Curitiba, onde ela foi encontrada morta. A proposta foi encaminhada novembro de 2019 pela Frente Feminista de Curitiba e Região Metropolitana com a participação da mãe da menina.
O crime
Rachel Genofre foi encontrada morta na rodoviária de Curitiba no dia 3 de novembro de 2008. O crime ficou 11 anos sem solução até a Polícia Civil identificar o autor, Carlos Eduardo dos Santos, um preso no sistema penitenciário de São Paulo.
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O assassino atraiu a menina na saída da escola, no Centro de Curitiba, se apresentando como produtor de um programa infantil de televisão. Santos levou Rachel para uma casa em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, onde ela foi violentada e estrangulada.
O crime foi solucionado graças ao banco nacional de perfis genéticos de criminosos, criado apenas em 2019 e que reúne material genético de presos que cumprem pena por crimes hediondos em todo o Brasil. Atualizado toda semana com novos DNAs, o banco permitiu que o material genético de detentos fosse cruzado com o material colhido pela Polícia Civil na cena de crime, possibilitando a conclusão de casos 11 anos depois.
Carlos Eduardo foi trazido a Curitiba para ser interrogado em 2019 e segue preso na Penitenciária de Sorocaba II, no interior de São Paulo, onde responde por outros crimes, inclusive sexuais.