Um autor de homicídio ocorrido no início do mês, em Pinhais, se apresentou na delegacia com seu advogado. Mas em vez de prestar depoimento e ser liberado, o vigilante Adriano Antônio Cardoso ficou preso, porque não pagou a pensão alimentícia para a ex-mulher. Segundo o delegado Marcelo Magalhães, o vigilante trabalhava como segurança de um conjunto de casas populares e confessou ter atirado em Jacionei Estefano da Silva, 33.
A vítima estava de folga e fazia uma festa para um primo que veio de Santa Catarina. No início da madrugada, o primo saiu bêbado pelas ruas e se escondeu num conjunto de casas populares, quando foi rendido por Adriano.
Jacionei e alguns amigos tentaram defender o rapaz, que já estava dominado pelo vigilante e pediram desculpas. No entanto, Adriano ameaçou atirar em quem se aproximasse. Jacionei deu um passo e foi baleado no peito. Ele foi levado pelos amigos ao pronto-socorro, nas não resistiu.
O vigilante fugiu, mas foi orientado pelo advogado a se apresentar na delegacia, no entanto ele não levou a arma do crime, segundo informou o delegado. “Ele não tinha porte de arma e em seu perfil no Facebook ficava se exibindo com tatuagens da polícia, do Bope. Percebe-se que ele tem essa paixão por armas e pela polícia. O advogado não tinha como saber que havia esse mandado de prisão pelo não pagamento da pensão”, comentou o delegado.