A pavimentação em granito da Avenida Bispo Dom José, no Batel, será avaliada pelo novo prefeito Gustavo Fruet. Isso foi assegurado pela comunicação social da prefeitura ontem. A polêmica obra que somada às demais melhorias como o paisagismo está orçada em R$ 3.149.857,86, conforme especifica o outdoor instalado na Praça Miguel Couto (a Pracinha do Batel), foi viabilizada por pacote de empréstimos de R$ 100 milhões do Fundo de Desenvolvimento Urbano (FDU) do governo estadual.
A assessoria do Palácio Iguaçu confirmou a aprovação do empréstimo no ano passado. A contrapartida da prefeitura, de acordo com noticiário na época, é de R$ 700 mil. O projeto foi desenvolvido pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) que prevê a revitalização e transformação em boulevard – o chamado Boulevard Batel – da região entre a praça e a Avenida Bispo Dom José.
Antiderrapante
Um ponto que ainda não teve resposta dos poderes públicos estadual e municipal é o uso de material que desrespeita decreto municipal que prevê padrão para calçadas com apenas três tipos de pavimentos: paver, asfalto ou placas pré-moldadas de concreto. O decreto tem adendo, que a critério do Ippuc poderão ser usadas outras tecnologias ou materiais desde que resultem em superfície regular, firme contínua e antiderrapante. A prefeitura ainda não tem respostas se o granito usado na obra tem alguma propriedade diferente do que se forma quando o granito é molhado, uma superfície bastante escorregadia.
Além da resposta técnica. Os dois poderes terão que encontrar argumentos aos questionamentos dos próprios comerciantes do futuro boulevard. “Em uma cidade onde não sobra dinheiro para tanta coisa, creches, hospitais, subsídio para o ônibus, a calçada em granito é prioridade por quê?”, questiona a comerciante, Lilian Frote.
