Fundado em 1958, o Mercado Municipal de Curitiba é um ponto famoso da cidade por concentrar muitos itens diferentes. Aliás, quando alguém está procurando por um alimento exótico ou ‘raro’, é comum escutar que no Mercado Municipal é possível achar. E entre os queijos, carnes, orgânicos e temperos está o café do Jacu, considerado um dos cafés mais caros do Brasil.

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Para quem não conhece a história, o café do Jacu é colhido a partir das fezes dessa ave silvestre, encontrada em algumas regiões do país. Atualmente, a maior produtora da bebida é a Fazenda Camocim, localizada no Espírito Santo.

Em Curitiba, ele é comercializado no Café do Mercado, estabelecimento fundado por Maurício Pupo Thiesen e que já coleciona 18 anos de história no Mercado Municipal da cidade.

Foto: Átila Alberti | Tribuna do Paraná

Esposa de Maurício, Daniela Nóbile Thiesen conta que o café se tornou uma paixão da família. “Eu conheci ele (marido) no café. Então trouxe vários amigos, nosso relacionamento. Nossos filhos são apaixonados pelo café. E é uma coisa que o café abraça, um momento especial, um momento gostoso. Ele faz parte da nossa vida totalmente”.

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Ela revela que a loja surgiu com a proposta de trabalhar com cafés diferentes. “Já trabalhamos com 400 tipos de cafés especiais, temos 22 tipos de café a granel, que torramos aqui em Curitiba”, diz. Dentro de toda essa variedade, está o café do Jacu, que atrai a curiosidade dos turistas e moradores da capital paranaense.

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“Eu digo que o café do Jacu não é especial, ele é exótico. Ele tem todo um processo diferenciado, onde o pássaro jacu seleciona os grãos mais vermelhos, mais maduros. Ele come esses grãos e faz todo o processo digestivo dentro dele. Ele defeca e o pessoal da Fazenda Camocim, que é o principal fornecedor do café do Jacu no Brasil, eles coletam esses grãos, fazem a seleção, torram o café e assim tem o café do Jacu”, explica Daniela.

De acordo com ela, o sabor especial do café está justamente no processo digestivo do pássaro, que tira a acidez do grão e deixa a bebida mais suave e adocicada. Conheça um pouco mais sobre a história do café inusitado:

Café do Jacu em Curitiba: preço e onde tomar

No Café do Mercado o café do Jacu é vendido em pacotes de 100 gramas, 250 gramas e 500 gramas. A lata de 250 gramas custa R$ 339. Além disso, também é possível tomar o café na loja. A degustação do produto custa R$ 30.

“A gente serve uma dose do café do Jacu e uma dose do café do dia, para o cliente poder fazer essa degustação e sentir essa diferença entre ele e um café normal na xícara”, relata Daniela.

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A proprietária do estabelecimento explica que o preço mais elevado ocorre pelo processo demorado e trabalhoso que o café passa. “O processo de selecionar os grãos, fazer a limpeza, a torra, demanda um processo muito grande. Então realmente, o preço dele é bem diferenciado. O jacu trabalha bem”, brinca.

Foto: Átila Alberti | Tribuna do Paraná

Como a Fazenda Camocim é especializada no produto, Daniela confirma que é possível encontrar a bebida durante o ano inteiro.

Além do café do Jacu, a reportagem da Tribuna do Paraná também foi conhecer outros alimentos diferentes no Mercado Municipal de Curitiba. Confira:

Onde encontrar guanciale em Curitiba, produto típico da receita carbonara

Você conhece o guanciale? O embutido, que é usado em receitas italianas, pode ser encontrado na BonVivant, loja fundada em 2004. Proprietária do estabelecimento especializado em queijos e embutidos, Flávia Rogoski conta que se dedica há 20 anos para aprender mais sobre a culinária e apresentar produtos únicos, como o guanciale.

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“É um embutido de origem italiana e ele é feito da papada do porco. A receita mais emblemática que usa o ingrediente é a carbonara. A forma de produção lembra muito o bacon, mas ele é de outra parte do animal e entrega outro tipo de sabor”, revela Flávia.

Proprietária da BonVivant, Flávia Rogoski. Foto: Átila Alberti | Tribuna do Paraná

Embora a receita de origem italiana tenha passado por algumas modificações, como o uso do bacon, Flávia comenta que o guanciale traz um sabor diferente na receita. “O que acontece com o guanciale é que quando você frita ele, ele vira só gordura. Então não sobra pedacinho de carne e isso acaba incorporando um sabor muito mais interessante no preparo da sua receita”.

Como possui um tempo de maturação demorado, de cerca de 180 dias, o guanciale tem custo elevado. Na BonVivant o item nacional, produzido em Mandirituba, custa R$ 189 o quilo.

Mercado Municipal de Curitiba vende doce com tâmara

Na Claudio’s Mercearia é comercializada a tâmara jumbo e também um doce feito com a fruta. A vendedora Geovana Neves relembra que o alimento é israelense e, segundo os escritos religiosos, foi consumido por Jesus.

Com caroço e bem doce, a fruta é uma das campeãs de venda na mercearia. “Ela é uma das coisas da loja que nós mais vendemos. Tem gente que compra 800 gramas, um quilo. No final do ano bastante gente procurou”, garante Geovana.

Geovana Neves revela que as tâmaras são bastante procuradas. Foto: Átila Alberti | Tribuna do Paraná

Ela confirma que a tâmara pode ser consumida naturalmente, com tábua de frios ou também, com outras frutas. Outra versão do alimento que faz sucesso é a tâmara recheada, que é coberta com castanha e chocolate 70%.

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“Tem gente que vem de fora do Paraná só para pegar ela. A gente também entrega”, diz Geovana. Na Claudio’s Mercearia, o quilo da tâmara jumbo custa R$ 55 e o quilo da tâmara recheada é R$ 140.

Doce com tâmara, chocolate e amêndoa.. Foto: Átila Alberti | Tribuna do Paraná

Flores comestíveis em Curitiba: restaurantes usam na decoração dos pratos

Nas bancas 75 e 76, do Gervasio Nishino, é possível encontrar um alimento cuiroso: flores comestíveis. O proprietário explica que as flores são usadas na decoração de bolos e em pratos quentes. “É um produto que fica muito bonito no prato”, comenta.

Flores comestíveis. Foto: Átila Alberti | Tribuna do Paraná

De acordo com Nishino, geralmente quem busca pelo item são os chefs de cozinha. As flores são produzidas em uma estufa em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), e já são prontas para o consumo.

Nas bancas de Nishino, a caixinha custa R$ 18.

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Pitaia amarela no Mercado Municipal de Curitiba

De origem colombiana, a pitaia amarela é vendida na banca do Hiro, que pertence ao Jair Hirochi Tadokoro. “Essa aqui já é produzida no Brasil. Uma fruta exótica nacional”, revela.

Na banca de Jair Hirochi Tadokoro é possível encontrar a pitaya amarela. Foto: Átila Alberti | Tribuna do Paraná

Ele explica que além da cor, a diferença entre a pitaia amarela e vermelha é o sabor. De acordo com ele, a amarela é mais adocicada. “Como é a safra dela, o preço delas é igual, na base de R$ 10 cada. Agora é época de todos os tipos, a branca, amarela e vermelha”, afirma.

Na banca do Hiro também é possível encontrar outras frutas exóticas, como a granadilla, uma versão do maracujá e criada na Colômbia.

O que??

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