O aumento da passagem de ônibus em Curitiba – passou de R$ 3,70 para R$ 4,25 – deixou muitos curitibanos na bronca. A Tribuna conversou com o economista Daniel Poit, membro do Conselho Regional de Economia do Paraná (Corecon-PR), para saber outras alternativas que a população da capital paranaense pode recorrer neste momento de tarifa ‘salgada’ nos ‘busões’ da cidade.

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Poit considera este reajuste inoportuno, especialmente pelo momento de crise em que o país vive atualmente. “É ruim e até estranho um aumento deste, tão acima da inflação. Além disto, temos o problema do desemprego, são pessoas que não pegam o ônibus para ir e voltar do trabalho, mas para procurar um emprego”, destacou o economista.

“É uma política antissocial. Estamos em um momento complicado para os trabalhadores, de luta pela manutenção de seus empregos e também para as empresas. Para elas, cresce o custo operacional. No caso das famílias, dependendo da condição de cada uma, as despesas envolvendo transporte público podem comprometer até 30% da renda mensal”, completou.

Dicas

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De acordo com Poit, algumas mudanças de hábito podem ser adotadas por quem quer fugir do transporte coletivo. “Nesta hora, valem as dicas clássicas: fazer a pé as distâncias mais curtas, utilizar uma bicicleta, buscar por caronas em sites e rede sociais ou formar grupos de transporte colaborativo. Táxi e Uber com mais pessoas e em determinadas distâncias podem ser interessantes, mas geralmente custam mais”, frisou.

“Aparentemente, o carro pode parecer ser mais vantajoso, mas antes de trocar o ônibus pelo automóvel é preciso avaliar a distância, o gasto com combustível e outras despesas, como IPVA, seguro, manutenção, estacionamento e até o valor do carro, que é um capital imobilizado. Com o uso de transportes alternativos, além de economizar a pessoa também estará se integrando socialmente”, indicou.

Que tal optar pela bicicleta? Foto: Gerson Klaina.
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