A notícia de que haveria uma chacina e suicídio coletivo em várias escolas de Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), deixou pais, alunos e até mesmo professores em pânico. Nesta quinta-feira (17), dia em que o crime aconteceria de acordo com o boato que se espalhou na cidade, vários pais não mandaram as crianças para a aula e a Polícia Civil começou a investigar quem propagou a informação.

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Em áudio que está circulando pelo Whatsapp, um homem diz que pelo menos cerca de 20 jovens estariam envolvidos na ação e que a ideia era matar uma professora do Colégio Estadual Abílio Lourenço dos Santos, no bairro Santa Terezinha, e depois cometer o suicídio coletivo.

No entanto, como o boato se espalhou por toda a cidade, famílias de outras regiões da cidade também ficaram com medo de que ações similares fossem planejadas em outras escolas. Moradora do bairro Nações, a mãe de duas meninas que estudam em uma das escolas em questão disse que soube do boato pelas redes sociais. “Uma mãe compartilhou num grupo do Facebook e foi aí que eu soube. O comentário era de que haveria uma chacina nos colégios estaduais, que estava marcada para a semana passada, mas como ficaram sabendo, aconteceria nesta quinta-feira”, detalhou a mulher, que pediu para não ser identificada.

Com medo, os pais se reuniram e cobraram um posicionamento da Secretaria Estadual de Educação (Seed). Por meio de um comunicado oficial, a secretaria confirmou as denúncias aos pais, mas tranquilizou as famílias dizendo que as forças de segurança já tinham sido informadas e disse que as aulas aconteceriam normalmente. “Precisamos somar forças e garantir que a escola, os pais e as autoridades cumpram seus papeis para garantir a segurança e integridade física de todos os nossos alunos”, afirmou a Seed, que se colocou à disposição dos pais para qualquer problema.

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Apesar disso, no Colégio Estadual Olindamir Merlin Claudino, no bairro Nações, por exemplo, boa parte dos alunos não foi estudar. Isso também aconteceu em pelo menos outra escola do município, o Colégio Estadual Desembargador Cunha Pereira, também no bairro Santa Terezinha. “Eu mesma não mandei minhas filhas para a escola, mesmo a Seed nos tranquilizando e dizendo que a segurança seria reforçada e tudo mais. Preferi não arriscar”, disse a mãe.

Mesmo não mandando as meninas para a aula nesta quinta-feira, o medo da mãe continua. “Só de pensar que amanhã tem aula novamente, eu já fico tensa. Não temos como deixar as minhas filhas em casa, sem estudar, então, vamos ter que manda-las para a escola. O medo é de que, como foi descoberto, podem mudar a data e fazerem de surpresa. Não sabemos se é verdadeiro ou não, mas estamos todos desesperados”.

Denúncias confirmadas

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Em nota, a Seed confirmou as notícias informou que foram feitas várias denúncias à Ouvidoria da Secretaria, já monitoradas com suspeição desde a semana passada. A informação passada à Seed era a de que um grupo de estudantes de diferentes escolas de Fazenda Rio Grande estaria combinando, pelas redes sociais e aplicativos, um suicídio coletivo.

Segundo a secretaria, foram tomadas todas as providências cabíveis para evitar qualquer tipo de ação que ponha em risco a segurança dos estudantes. O Batalhão de Patrulha Escolar da Polícia Miliar foi acionado, a rede de proteção do município foi avisada e está fazendo trabalhos de sensibilização nas escolas.

Junto com o trabalho da polícia, as equipes pedagógicas dos colégios foram orientadas a trabalhar diretamente com os estudantes e a comunidade escolar, para sensibilizá-los e orientá-los sobre a gravidade da situação. Aos pais, a secretaria pediu que monitorem os acessos de seus filhos à internet. Denúncias podem continuar sendo feitas diretamente para a ouvidoria, através do telefone 0800-419-192.

Investigações

À Tribuna do Paraná, a Polícia Civil informou que uma equipe da Delegacia de Fazenda Rio Grande também está à frente do trabalho de investigação. Apesar disso, conforme a polícia, como houve apenas o boato espalhado, a situação está sendo apurada com toda cautela possível, para evitar gerar pânico maior ainda. Para orientar os alunos a respeito dos perigos acerca do caso, a Polícia Militar (PM) e a Guarda Municipal (GM) foram acionadas para fazer palestras nas escolas. As denúncias podem ser passadas para os investigadores, pelo telefone da delegacia, que atende através do número (41) 3608-7200.

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