A polícia procura pelos três bandidos que assaltaram um supermercado da Rua Natal, Cajuru, na noite de terça-feira (05), e mataram o agente penitenciário Jean Carlos Borja, 44 anos, com um tiro no rosto. As imagens das câmeras de segurança do mercado foram divulgadas ontem.
Eram três assaltantes, dois deles armados. Minutos antes das 21h30, um entrou pela porta da esquina, os outros dois entraram pela principal. Ostentando as armas, anunciaram o assalto e começaram o arrastão. Roubaram celulares e dinheiro. Cruzaram com Jean, perto dos caixas, e atiraram na direção da cabeça dele, antes de fugir em um veículo bordô.
O mercado lotado se transformou em gritaria e corre-corre. Os seguranças e funcionários ampararam alguns clientes. Crianças e idosos foram levados para os corredores dos fundos. Depois da chegada da Polícia Militar, os caixas foram liberados e as pessoas puderam deixar o local.
Corrida
“Estava quase indo pagar as compras quando o tiro aconteceu. Foram direto nele e atiraram sem que houvesse reação. Corri para perto do açougue e esperei certo tempo antes de ir ver como o homem estava. Já tinha morrido. As funcionárias dos caixas começaram a chorar”, descreveu o autônomo Marcelo Toller. Segundo ele, esta é a quarta vez que o mercado é assaltado nos últimos meses.
O delegado Rodrigo Souza, da Delegacia de Furtos e Roubos, viu as imagens das câmeras de segurança e disse que não há indícios que o agente trabalhava no local nem que ele tenha reagido. As gravações têm baixa qualidade e a distância das câmeras estão dificultam a identificação do trio. “Contamos com ajuda da população para pegá-los”, disse Rodrigo. Quem tiver informações do trio deve informar a polícia pelo telefone 3218-6100.
Insegurança
Jean trabalhava na Penitenciária Central do Estado (PCE), mas antes havia trabalhado na Colônia Penal Agroindustrial (CPAI), ambas em Piraquara. Ele era casado e tinha filhos. O velório é realizado na Capela Vaticano e o corpo será cremado na tarde de hoje.
Agentes penitenciários que foram ao local do crime reclamaram da falta de segurança que a classe enfrenta. Os principais pedidos são pela liberação do porte de arma e mais contratações.