A décima quinta baleia encalhada em areias paranaenses neste ano mobilizou uma enorme equipe na Praia Grande da Ilha do Mel, em Paranaguá, no Litoral do Paraná. Uma baleia-fin (Balaenoptera physalus) foi encontrada morta na terça-feira (21), e esse foi o primeiro registro de encalhe de uma baleia da espécie no estado.

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Duas equipes do Laboratório de Ecologia e Conservação (LEC) do Centro de Estudos do Mar (CEM) da UFPR, estiveram no local na manhã desta quarta-feira (22) coletam materiais biológicos e avaliam as condições da carcaça. Uma baleia-fin tem peso médio de 45 toneladas e o comprimento dos machos chega a 21 metros.

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Nas primeiras avaliações das equipes, percebeu-se que era um macho adulto. “Este é um registro incrível para a nossa região e o trabalho da equipe que conduz a necropsia permitirá que os pesquisadores avaliem a condição de saúde e a possível causa da morte do animal”, relatou a coordenadora do laboratório, a bióloga Camila Domit. As amostras biológicas serão enviadas para laboratórios parceiros que apoiam projetos de pesquisa.

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A carcaça da baleia foi enterrada, conforme o Protocolo de Atendimento a Encalhes de Animais Marinhos no Litoral do Paraná – PRAE (SEDEST/IAT/IBAMA). A operação também mobilizou o Instituto Água e Terra (IAT) e 27 servidores da prefeitura de Paranaguá.

Baleia-Fin

A baleia-fin é a segunda maior espécie de baleia existente no oceano, perdendo em tamanho apenas para a baleia azul. É considerada uma espécie ameaçada de extinção e está envolvida no Plano de Ação Nacional para Conservação de Espécies Ameaçadas de Extinção – PAN/ICMBIO. 

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As Baleias-fin foram muito caçadas no século passado, causando uma diminuição de sua população estimada em 70%. Elas continuam a ser caçadas em pequenos números pelo Japão e também sofrem impactos decorrente de colisões com grandes navios. Não se sabe ao certo se há um padrão migratório na espécie. Estima-se que a baleia-fin pode viver pelo menos 80 anos. 

Encalhes

De acordo com Camila Domit, os encalhes de baleias no litoral do Paraná neste ano foram mais frequentes do que em anos anteriores. Até agora, foram registrados 12 encalhes de baleias-jubarte, um de baleia-sei, um de baleia-de-minke, e esse último de baleia-fin.

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