As obras do Complexo Tarumã e do Novo Inter 2, na Avenida Victor Ferreira do Amaral, avançam com frentes de trabalho nos bairros Tarumã e Capão da Imbuia. Depois de concluída a obra, um corredor verde da via será recomposto com plantio de espécie nativa da Mata Atlântica – a pau-ferro – indicada para a arborização urbana.

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Em alguns anos, a pau-ferro irá criar na Victor Ferreira do Amaral uma paisagem semelhante a existente hoje na Avenida Padre Anchieta, no Bigorrilho, com sombreamento, calçadas mais preservadas e um charmoso paisagismo. É a pau-ferro que margeia a canaleta do transporte coletivo por onde vai trafegar o futuro Ligeirão Leste-Oeste, entre a Alameda Presidente Taunay e o Terminal do Campina do Siqueira.

Árvores Pau-Ferro na rua Padre Anchieta no bairro Bigorrilho. Foto: Daniel Castellano / SMCS

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Pau-ferro

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Chamada cientificamente de Caesalpinia ferrea, o pau-ferro é uma linda árvore que cresce normalmente até 20 metros de altura com uma atraente casca manchada. Apesar do seu grande porte, o pau-ferro não tem raízes agressivas, sendo adequada para plantio em áreas urbanas onde possa desenvolver sua grande copa.

O futuro corredor sustentável da Victor Ferreira do Amaral ajudará a reduzir a poluição, a evitar o fenômeno “ilhas de calor”, diminuindo a temperatura, e a promover melhor gestão das águas pluviais (a água das chuvas encontrarão nos galhos e folhas das árvores um sistema de drenagem natural).

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Suas folhas amarelas atraem abelhas e outros polinizadores. Isso, por sua vez, desempenha um papel fundamental na reprodução de outras espécies vegetais. Por outro lado, a copa densa do pau-ferro proporciona um habitat seguro, oferecendo abrigo e proteção para aves e pequenos animais. Essa característica, por si só, tem um impacto extremamente positivo no enriquecimento do ecossistema local.

Árvores exóticas

De forma planejada, a remoção de árvores exóticas tem sido necessária para o alargamento das pistas e a constituição da drenagem na Avenida Victor Ferreira do Amaral.

Além disso, muitas dessas árvores exóticas estavam comprometidas por podas drásticas realizadas ao longo dos anos, o que colocava em risco sua sustentação.

Frequentemente, vendavais e chuvas intensas derrubavam galhos e até árvores inteiras, com consequências para o fornecimento de energia, o fluxo de trânsito e o risco de acidentes com pedestres e motoristas. Vale ressaltar também que essas espécies exóticas costumam destruir o calçamento ao redor.

Mais que compensação

Pela legislação do município, a compensação ambiental para a supressão de árvores é feita com o plantio do dobro de unidades que forem suprimidas. No projeto do Novo Inter 2, além da compensação obrigatória, estão sendo plantadas mais de 5 mil novas árvores, nos bairros adjacentes.

“Nos pontos em que o plantio em dobro não for possível no mesmo local da remoção, a compensação será feita na mesma região, garantindo a qualidade do ar no local e o controle ambiental adequado”, observa o coordenador geral da Unidade Técnica Administrativa de Gerenciamento (Utag), Marcio Teixeira.

A equipe da supervisão ambiental da Utag, área da Prefeitura que gerencia os contratos multilaterais do município, dá suporte à Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMMA) para os licenciamentos ambientais e autorização de supressão.

Censo arbóreo

Antes do início das obras, o censo arbóreo do lote revisa cada árvore indicada no projeto, contribuindo para a análise da condição da planta e sua manutenção. Durante a execução da obra, quando as equipes identificam a necessidade de outros cortes, os técnicos buscam alternativas para evitar ao máximo supressões desnecessárias.

“Revemos projetos e buscamos outras soluções para evitar cortes que comprometam a árvore. Mas se a linha da drenagem atinge uma raiz, por exemplo, a remoção é a saída mais segura, para que árvore não desabe depois da obra concluída”, observa Teixeira.

Outra estratégia usada pelos técnicos é promover o transplante de árvores, em vez de fazer o corte. No final do Lote 4 do Inter 2, quase na divisa com Pinhais, já no Tarumã, 43 mudas serão transplantadas pelo Horto Municipal de Curitiba, liberando a área para a execução da obra.

Além da compensação já determinada pela legislação, a Prefeitura de Curitiba já iniciou o plantio de outras 5 mil mudas na região dos bairros Capão da Imbuia, Tarumã e Cajuru. Esse plantio faz parte do projeto 100 mil árvores, do Plano de Arborização de Curitiba, que tem o objetivo de distribuir e plantar mais de 500 mil mudas de árvores nativas até o fim de junho deste ano.

Corredores verdes

Iniciativas como os corredores verdes, hoje presentes nas avenidas Sete de Setembro, João Gualberto, República Argentina e Padre Anchieta/Heitor Alencar Furtado, e o plantio de árvores por toda a cidade estão alinhadas ao Plano Municipal de Mitigação e Adaptação às Mudanças Climáticas de Curitiba (PlanClima), lançado em 2019.

O PlanClima consolida o compromisso de Curitiba com o enfrentamento às Mudanças Climáticas, com a melhoria da qualidade urbana e ambiental da cidade e com a qualidade de vida de seus habitantes. O objetivo é tornar a cidade neutra em carbono, adaptada às mudanças climáticas e resiliente até 2050, alinhando-a às metas internacionais de enfrentamento do aquecimento global.

O que??

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