Passadas duas semanas, ativistas que lutam pelos direitos dos animais não esqueceram o que aconteceu com a cadela Polaca, morta no dia 10 de abril, após receber dois tiros efetuados por um policial militar, e se reuniram neste domingo (24) em uma manifestação realizada no Parcão, espaço que fica nos fundos do Museu Oscar Niemeyer.
Segundo os organizadores, o objetivo da ação deste domingo é recolher ainda mais assinaturas para as petições que reivindicam uma justa investigação para o caso e a punição ao PM autor dos disparos que levaram à morte do animal.
“Estamos aqui hoje para dar visibilidade para o caso e em homenagem à Polaca, a maior vítima desta situação. Acreditamos que houve uso excessivo da força policial e que este não é o papel de quem está sendo pago para nos proteger. Um animal indefeso morreu e isto é um crime ambiental. Além dele, o morador de rua, tutor da Polaca também poderia ter sido ferido”, disse a coordenadora do Fórum de Defesa dos Direitos dos Animais de Curitiba e membro do Movimento SOS Bicho, Laelia Tonhozi.
Foto: Reprodução |
Adesão da sociedade
De acordo com os organizadores, as petições físicas e online já contam com mais de 45 mil assinaturas, documentos que devem ser encaminhados para a Corregedoria da Polícia Militar do Paraná e Secretaria de Segurança Pública do estado. Além das petições, grupos atuantes na causa animal entraram com ações e registros junto ao Ministério Público, Corregedoria da PM, Prefeitura de Curitiba, Delegacia de Meio Ambiente e Ouvidoria da Polícia do Paraná.
Convocada pelas redes sociais, a manifestação deste domingo já tinha registrado a presença de pelo menos 300 pessoas até o meio dia. Para o empresário Leonardo Zani, que organizou o evento pelo Facebook, o foco da manifestação é chamar a atenção para o caso da Polaca e para os maus tratos sofridos por animais de outras espécies. “Não podemos deixar em vão qualquer tipo de maus tratos contra a vida, sejam eles cães, gatos, cavalos ou outros animais”.
Abordagem
Polaca foi baleada na madrugada do dia 10 de abril, em uma abordagem de policiais militares a moradores de rua. A cachorra, que na ocasião amamentava oito filhotes, foi atingida ao tentar proteger sua cria e seu tutor e agonizou até ser encaminhada por voluntários a uma clínica veterinária, dez horas de depois do fato. Na clínica Polca chegou a ser operada, mas não sobreviveu aos ferimentos.
Clique aqui pra participar do abaixo-assinado