Energia renovável

Aterro da Caximba vai virar usina solar pra produzir energia limpa para Curitiba

Aterro desativado da Caximba. Foto: Lucilia Guimarães/SMCS

O Aterro da Caximba, local que fica no bairro mais afastado do Centro de Curitiba e que entre 1989 e 2010 recebeu toneladas de lixo produzidas por moradores da capital e de municípios da região metropolitana, antes de ser desativado, vai ser transformado em uma usina de energia solar.

O projeto que prevê a instalação de painéis para a produção de energia, elaborado por uma agência alemã, deve custar R$ 23 milhões, em uma parceria da prefeitura da capital com a Copel. A previsão é de que a licitação ocorra nos próximos meses e que a produção de energia comece no início de 2022, conforme informações do jornal Meio Dia Paraná, da RPC.

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“É um novo uso que nós damos a uma área de um aterro desativado, que é acompanhado, feito todo um monitoramento, mas que passa a ter uma finalidade digamos que, nobre, produzindo energia renovável. Serão 3,5 megas de energia solar produzidas no Aterro Sanitário da Caximba”, explicou a secretária do Meio Ambiente de Curitiba, Marilza Oliveira Dias, em entrevista ao Meio Dia Paraná, nesta quinta-feira (21).

Imagem do projeto da usina de energia solar do Aterro da Caximba. Foto: Reprodução/RPC

Segundo o projeto, onde antes havia montanhas de lixo e hoje existe um gramado, serão colocados painéis solares em formato de pirâmide. As placas serão instaladas na parte mais alta do aterro, onde há paredões com 75 metros de lixo condensado. Quando estiver pronta, a usina – que é fruto da participação de Curitiba em uma concorrência internacional – deve produzir anualmente 18.600 megawatts, o que equivale a 43% da energia consumida por todos os prédios da prefeitura de Curitiba.

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Além de ser limpa, a energia produzida no Aterro da Caximba ainda deve trazer economia para os cofres públicos, como a ressalta a secretária municipal do Meio Ambiente. “A energia produzida vai ser compensada. Não tem um fio ligando, ela é injetada na rede de distribuição (da Copel) e são indicadas as unidades, no caso, unidades que podem ser escolas, unidades de saúde, unidade do município, em que essa energias será compensada. Além do benefício ambiental, de evitar a emissão de CO2, de usar energia renovável, nós teremos também economia financeira”, afirma Marilza.

O aterro sanitário da Caximba ainda em funcionamento, em foto feita em 2009 Foto: Cesar Brustolin/SMCS

Painéis em terminais e na rodoviária

Sobre o retorno do valor investido, em poucos anos, ainda de acordo com Marilza, a usina da Caximba e os painéis solares que serão instalados nos terminais do Pinheirinho, Boqueirão, Santa Cândida e na rodoviária – junto com uma futura usina de biomassa, também na Caximba – devem produzir 60% de toda energia utilizada pela prefeitura.

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“(Economia) em torno de cinco milhões e meio ao ano para o município. Considerando quanto vai investir e o contrário economizar, em torno de cinco anos o investimento é pago e o município tem a energia sendo produzida. O projeto da Caximba está estimado para uma vida útil de 30 anos e dos terminais de 25 anos”, aponta a secretária.

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