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Até 2020, Curitiba pretende reduzir pela metade as mortes no trânsito

A quantidade de mortes por acidentes em Curitiba caiu 17,5% de 2014 para 2015. Nos últimos cinco anos, a queda chega a 40%. Os números são resultado do esforço de autoridades de trânsito e da população, que se mobilizam em várias frentes para chegar à 50% de redução até 2020.

Além dos trabalhos de melhorias da infraestrutura, fiscalização e educação que vêm sendo feito pelos órgãos de trânsito, anualmente ocorre a campanha Maio Amarelo, para conscientizar os cidadãos de que segurança no trânsito depende de todos, inclusive do pedestre.

De acordo com dados do comitê do projeto Vida no Trânsito, uma parceria de vários órgãos públicos interligados pelo assunto trânsito, em 2015 foram registradas 184 mortes em Curitiba, em 179 acidentes. No ano anterior, foram 223 mortes. Uma pessoa morre a cada 48 horas no trânsito da capital. No Paraná, ocorre um óbito a cada três horas. O Brasil ocupa o quarto lugar no ranking mundial de países que mais matam no trânsito.

A curva descendente na quantidade de ocorrências se mantém no primeiro trimestre de 2016, conforme estatística do Corpo de Bombeiros elaborada pelo médico Carlo Valério Andrade, que escreve a coluna Sinal Vital na Tribuna. Este ano houve quedas de 10% no número de acidentes, 8% no de vítimas e 7% no de óbitos. Motociclistas são as maiores vítimas.

Álcool

As pessoas parecem ter esquecido da Nova Lei Seca, com tolerância zero ao álcool, pois a quantidade de mortes no trânsito em que o álcool contribuiu para o acidente subiu de 22% dos casos em 2013 para 32,4% em 2015 – alta de 47%. O uso de álcool foi constatado em 40% dos acidentes no último ano. Excesso de velocidade motivou 25% das situações.

Mais da metade das vítimas mortas em acidentes por causa do álcool tinha entre 20 e 29 anos. Sábado é “disparado” o dia da semana em que o álcool ao volante “mais mata”. “Precisamos de mais fiscalização, blitze em pontos e horários estratégicos. Ainda é preciso mais envolvimento de alguns órgãos públicos. A Setran está fazendo sua parte”, opina a secretária de trânsito de Curitiba, Luiza Simonelli.

Cidadão mobiliza mudança

A Campanha Maio Amarelo foi iniciada ontem em 34 países. No Brasil, ela acontece desde 2014. No Paraná, a lei estadual 18.624/15 prevê ações de conscientização para a redução de acidentes no mês de maio. O objetivo este ano, diz Mauro Gil Meger, coordenador da campanha no Estado, é fazer com que cada cidadão se torne um agente de mobilização, chamando a atenção de amigos e familiares para o tema “segurança no trânsito”. “As pessoas não dimensionam o tamanho do acidente que podem causar com suas atitudes ao volante. Só se conscientizam depois que o pior acontece”, lamenta.

Entre as ações programadas para o mês todo estão centenas de blitze em todo o Paraná (145 delas só no dia 25); ação de conscientização na boate Shed, na próxima sexta-feira à noite; blitze para idosos no Tatuquara; Desafio de Trânsito (gincana) numa faculdade; palestras com adolescentes e crianças; entre outras iniciativas que partiram da população, e não da o,rganização da campanha.

Um exemplo de ação que partiu da população é a dos taxistas do Aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais. Durante todo o mês, eles usarão camisetas da campanha, fitas amarelas nas antenas dos táxis e distribuirão materiais informativos aos clientes. Quem realizar alguma ação, com amigos ou na empresa onde trabalha, pode mostrá-la à organização da campanha pelo e-mail maioamarelopr @gmail.com.

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