O agente penitenciário da Colônia Penal Agrícola (CPA) de Piraquara, Carlos Alberto Pereira, 52 anos, o “Federal”, pintava o portão de casa, no final da tarde de ontem, quando foi executado com três tiros na Rua Álvaro José da Costa, Fazendinha.

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A principal hipótese levantada pela polícia é que o crime tem ligação com a função de Carlos Alberto, que durante sua carreira também foi chefe de segurança do antigo presídio do Ahu, e da Casa de Custódia de São José dos Pinhais.

Carlos Alberto estava em férias e aproveitava as tardes para cuidar da casa, como contaram vizinhos. Conforme apurado pela polícia, por volta das 17h40, o assassino parou o carro na rua de baixo e subiu a pé em direção à vítima, disparando à queima-roupa tiros de calibre 9 milímetros. Dois disparos atingiram a cabeça do agente e o outro acertou a barriga. O criminoso fugiu sem deixar pistas.

Mistério

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A mulher de Carlos também trabalha na CPA como professora e, segundo vizinhos, não estava em casa na hora do crime. O delegado Rafael Vianna, da Delegacia de Homicídios, conversou com familiares da vítima, que, aparentemente, não vinha recebendo ameaças.

“A princípio, não havia nenhuma razão para Carlos ser morto. Ele era uma pessoa trabalhadora, não tinha rixa com ninguém. Ainda é cedo para apurarmos o motivo, mas com certeza trata-se de uma execução”, comentou o delegado.

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Vizinhos contaram que o agente era uma pessoa tranquila. “Ontem (segunda-feira), ele estava podando a árvore da frente de casa junto com o papagaio. Penso que se estivesse sendo ameaçado não se comportaria dessa forma”, disse um morador.

Investigadores da DH fizeram levantamento das casas equipadas com câmeras de segurança na região, mas nenhuma delas teria flagrado a ação do marginal. Além de prisões estaduais, Carlos também foi agente penitenciário federal, o que lhe rendeu o apelido.