O que Evandro Prusch, 23 anos, fazia numa estrada de chão, na área rural de Campo Largo, de madrugada é o que querem saber o investigador Marcos Gogola e o superintendente Juscelino Bayer, da delegacia do município, que investiga a morte do jovem.

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Segundo a polícia, ele trabalhava como operador de máquinas em São Miguel do Iguaçu (oeste do Estado) e, desde sábado, desapareceu de casa e abandonou do emprego.

Quando o corpo foi encontrado por um morador, pouco antes das 7h de ontem, o telefone celular da vítima não parava de tocar. Era o patrão dele à procura de informações sobre o funcionário. Gogola suspeita que Evandro esperava alguém na estradinha de chão do Jardim Camélia, que dá acesso ao Jardim Partenope.

Tiro

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Ele foi assassinado com um tiro à queima-roupa, na cabeça. O cigarro que o rapaz fumava ficou caído ao lado de sua mão. A mochila estava presa às suas costas quando o cabo Moraes e o soldado Luciano, do 17.º Batalhão da Polícia Militar, chegaram ao local. Dentro dela, os PMs encontraram uma muda de roupa. Como a carteira da vítima não foi levada, a hipótese de latrocínio (roubo com morte) está descartada.

“Foi uma execução”, afirmou o investigador Gogola, que desconfia que o caso esteja ligado ao tráfico de drogas. O policial supõe que Evandro tenha trazido droga da sua cidade para revendê-la. Segundo o investigador, o rapaz já cumpriu pena alternativa, mas não foi possível apurar por qual delito.

Mensagem

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A última mensagem recebida no celular do rapaz dizia: “Cuidado que a polícia está parando na estrada”. A partir de 1h, Evandro não recebeu mais mensagens. A perícia do Instituto de Criminalística acredita que o crime aconteceu nesse horário. Uma vizinha contou também que, pouco antes, viu um carro preto transitando pelo local.

Em seguida, ouviu barulho de quatro tiros. Quase na mesma hora, A PM de Campo Largo apreendeu um Astra preto com placas de um Monza na região do Paternope. O condutor do carro fugiu. A polícia investiga se o carro foi o mesmo visto pelos moradores.

Evandro tombou perto de um mocó, na Rua Antônio Emídio da Silva. Uma vizinha contou que a construção é usada para uso e venda de drogas, além de servir de “motel” para os viciados.