Quinze dias foi o tempo que Pedro Augusto Wosniak, 36 anos, conhecido como “Pedrinho” ficou em liberdade. Por volta das 13h desta quinta-feira (30), ele foi assassinado com vários tiros, na Rua Izaac Ferreira da Cruz, quase esquina com a marginal da BR-476, na favela da Pluma, no Pinheirinho.
O delegado Rubens Recalcatti, titular das Delegacia de Homicídios, lamentou que as pessoas da região não deram informações relevantes que contribuíssem com a investigação. “Estamos com um caso difícil, pois os moradores têm medo de se envolver. Mas a ajuda deles é fundamental para que o crime seja solucionado com rapidez e eficiência”, declarou o delegado.
“Pedrinho”, segundo o Recalcatti, ficou alguns anos preso e havia retornado à vila há pouco mais de duas semanas. “Recebemos a informação que ele estava aprontando. Isso é muito comum, o sujeito vai preso e quando volta, tudo está diferente, principalmente relacionado a criminalidade. Muitos morrem, outros vão presos e, nesse meio tempo, também mudam as pessoas que mandam nestas regiões”, explicou o delegado.
Pistola
No local do crime, foram recolhidas muitas cápsulas de calibre 380. Para o delegado, o assassino foi abusado, porque não se preocupou com as outras pessoas que passavam pela rua. “Sabemos que quem mata outra pessoa não pode ter bons costumes e senso crítico, mas é muito aceitar que um assassino saia atirando desse jeito, em uma rua movimentada como esta”, disse Recalcatti.
Os moradores da vila se aglomeraram junto às viaturas e principalmente nas portas dos estabelecimentos comerciais e sacadas dos sobrados para acompanhar o trabalho da polícia. Um homem que não quis se identificar disse que todo mundo na vila sabe quem matou, mas ninguém vai falar nada, pois se falar, pode ser a próxima vítima.
Denúncias
O delegado disse que informações anônimas são fundamentais e que as pessoas podem ligar sem medo. “Nosso telefone é 3360-1400 e temos equipes trabalhando 24 horas. Podem nos ligar a qualquer horário, qualquer dia da semana”, pediu Recalcatti.