Assalto a uma loja na Avenida Marechal Floriano Peixoto, perto do terminal do Hauer, no fim da tarde de ontem, foi exemplo da insegurança que trabalhadores e consumidores de Curitiba estão sujeitos diariamente. O crime, que terminou com o suspeito morto por um vigilante, aconteceu no mesmo horário em que a diretoria da Associação Comercial do Paraná (ACP), se reunia com o secretário da Segurança Pública, Leon Grupenmacher, e membros das polícias Civil e Militar, para definir estratégias de segurança mais efetivas.

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Eram 17h40 quando, segundo populares, Rafael Endrigo Suzuki, 40 anos, assaltou o Magazine Luiza. Em seguida, ele correu para uma loja Pernambucanas, do lado, e, ao se aproximar da vitrine de celulares, foi baleado pelo segurança. Rafael correu cerca de 30 metros e tombou.

Algumas testemunhas ficaram revoltadas com a ação do vigilante, já que o suspeito não estava armado. O atirador foi preso e encaminhado, junto com a arma do crime, para o Ciac-Sul. A investigação será levada ao 7.º Distrito Policial.

Prejuízo

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Diante de casos semelhantes, a ACP convocou a reunião para mostrar preocupação e buscar meios para diminuir o problema. “Acabar com o crime é impossível, mas é preciso intensificar o combate”, explicou Edson José Ramon, presidente da ACP.

Em 2013, por exemplo, a polícia registrou, somente na capital, 12.421 furtos e roubos contra estabelecimentos comerciais. Somente entre os 800 estabelecimentos filiados à ACP, somando o dinheiro e mercadorias levados por bandidos, os danos materiais, os gastos causados por danos morais a funcionários, e gastos com empresas de segurança e seguro, o prejuízo foi de R$ 9,6 milhões, no ano passado.

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Proprietário de uma panificadora há 30 anos no Alto da Glória, José Carlos Grande é um exemplo de quem sentiu o reflexo da violência no bolso. Só teve sossego depois que contratou uma empresa de vigilância e instalou câmeras de segurança, há quatro anos. “Antes os arrombamentos eram frequentes. Perdi a conta, parei nos 20 e poucos”, contou.

Reuniões

O acordo entre ACP e Sesp é reunir a comissão conjunta toda terça-feira. Ontem, a ACP se comprometeu a conscientizar os filiados a fornecerem as filmagens das câmeras de segurança à polícia com mais agilidade. “Cada vez mais dependemos do comércio para obter informações que levem ao bandido. Não basta ter a câmera, tem que posicioná-la bem”, disse o delegado Rodrigo Souza, da Delegacia de Furtos e Roubos, que participa da comissão.