Acidente grave de trânsito gerou bate-boca no Centro de Curitiba, na tarde de domingo (11). O artista plástico curitibano Ruben Esmanhotto, 60 anos, pilotava uma Yamaha quando foi colhido por um ônibus da linha Rua XV/Paulo Gorski. A moto foi parar embaixo do coletivo e, com o impacto, o capacete do motociclista foi arremessado.

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Ruben foi atendido pelo Siate e pelo Samu e encaminhado em estado gravíssimo ao Hospital Evangélico. Horas mais tarde ele faleceu em decorrência dos ferimentos.

Testemunhas e trabalhadores do ônibus divergiram sobre quem teria furado o semáforo vermelho e causado o acidente. O ônibus seguia pela Rua Emiliano Perneta, enquanto a moto estava na Rua Brigadeiro Franco, perto das 13h30.

Uma mulher, que preferiu não ter o nome divulgado, contou que estava em um carro ao lado da motocicleta de Ruben e os dois seguiam em baixa velocidade, aguardando o semáforo abrir. “O sinal estava verde para nós e o ônibus passou. Eu consegui frear e evitar a batida, mas a moto não”, relatou. Ela comentou ainda que a tragédia poderia ter sido pior. “O ônibus só parou porque a moto travou o pneu, ou ele tinha entrado na loja de esquina”.

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Outro rapaz que seguia em um veículo atrás do coletivo, disse ter certeza de que o semáforo estava fechado quando o ônibus atravessou. “Como não estava vindo ninguém pela outra rua, ele quis aproveitar, mas a moto veio no embalo”, disse.

Houve uma discussão generalizada, que quase terminou em agressão física, entre populares e o motorista e cobrador do ônibus, que alegaram que o motociclista era quem estava errado. “Ele furou e não tinha como desviar”, afirmou o cobrador. “Se tivesse gente andando na calçada na hora, o coletivo teria atropelado”, comentou uma testemunha.

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O trânsito no local ficou complicado, porque o ônibus estava bloqueando grande parte da Rua Brigadeiro Franco. Agentes da Secretaria Municipal de Trânsito (Setran) orientavam motoristas na área. 

Carreira (informações da Gazeta do Povo)

Ruben Esmanhotto produziu um conjunto aproximado de três mil obras. (Foto: Divulgação/Amarildo Henning)

Um dos principais artistas plásticos paranaenses, Ruben Esmanhotto produziu um conjunto aproximado de três mil obras. Em dezembro, o artista havia lançado um livro comemorativo aos seus 40 anos de carreira como pintor.

Em entrevista à Gazeta do Povo no início do mês, o artista disse que pretendia também fazer uma exposição individual comemorativa em 2015, que contemplaria obras conhecidas e quadros inéditos. Conhecidas pelos cenários misteriosos, suas criações retratavam casarões antigos da capital e outros elementos, como natureza-morta e ambiente marinho.

Desde que começou a pintar, em 1975, Esmanhotto já apresentou quadros em 24 exposições coletivas, inclusive internacionais, como na França e no Japão. Das 20 individuais, a última foi em 1998, no Memorial de Curitiba.

Na entrevista ao jornal, Esmanhotto expressou satisfação ao analisar o conjunto de sua obra e o desejo de continuar evoluindo como artista. “Eu não lido com pessoas, mas lido com psiquê de objetos, e encontrar uma solução que equilibra é o grande prazer”.

(Foto: Leilane Benetta)