Um dos mais tradicionais passeios do curitibano está de volta após cinco meses. A feira de artesanato do Largo da Ordem pôde retornar neste domingo (23), mas, por causa da pandemia de coronavírus, estava diferente. A prefeitura permitiu que apenas 300 das 1.300 barracas voltassem e com distância de 2 m entre uma e outra para evitar aglomerações. A novidade é que agora a feirinha também vai a acontecer aos sábados.

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Na volta, o movimento foi fraco. Muito por causa da ausência dos turistas, além do isolamento social que os curitibanos estão cumprindo para não se contagiar. Mesmo assim, o retorno foi um alento para os artesãos.

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“Foi muito triste ficar cinco meses sem a feira, porque os boletos não querem saber se a gente não está lucrando, no final do mês tem que pagar”, afirma artesã Joseane de Oliveira França, que há 27 anos atua na Feira do Largo da Ordem.

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Joseane diz que as vendas online no período em que a feira ficou impedida de acontecer não ajudaram muito nas vendas. Por isso, ela comemora o retorno. “O pessoal quer ver, sentir o produto. Ver ao vivo é diferente de virtualmente”, enfatiza ela, que sentiu falta dos turistas. “Os turistas estão em seus estados ainda por causa da pandemia. Mas estamos recomeçando devagar. Voltar é um presente, um presentaço do céu”, diz a feirante.

Opinião compartilhada por outra artesã, Rosângela Ferreira de Andrade. “Não foi nada fácil ficar cinco meses sem a feira. Mas agora voltamos seguindo todas as normas e vamos seguir em frente”, reforça.

Turistas

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Os poucos turistas que apareceram na volta da feira do Largo da Ordem nesse domingo curtiram o passeio. Mas disseram que a organização poderia aumentar um pouco mais os cuidados para prevenir a covid-19.

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Kelly Bassanesi, turista de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, curtiu o passeio. “Eu tinha vindo domingo passado, mas não teve feira. Agora estou comprando umas lembrancinhas pra família e amigos”, afirma. “É minha primeira vez na feirar e está maravilhosa. Pena que por causa da pandemia não tem todas as barracas”, lamenta.

De sugestão, Kelly diz que a prefeitura poderia disponibilizar mais álcool gel no meio da feira, já que as pessoas acabam tocando nos produtos das barracas. No mais, a turista paulista diz que os visitantes também têm que ter responsabilidade com suas atitudes para evitar o risco do contágio. “As pessoas têm que tomar cuidado com as máscaras, não dá pra usar aquelas que ficam caindo do rosto”, diz.