O futuro maior prédio de Curitiba começou a mostrar sua grandiosidade. Com 50 andares, e 179 metros de altura, o OÁS, da incorporadora GT Building, em construção pela Thá Engenharia – na Rua Padre Anchieta, esquina com a Jerônimo Durski, no bairro Bigorrilho -, teve sua fundação concluída. Essa parte da obra tem 21 metros de profundidade, o equivalente a um edifício de seis andares para baixo do nível da rua. Para ser considerado um arranha céu a obra precisa passar dos 170 metros de altura.
Essa etapa é considerada a mais importante do arranha céu, pois é a base que irá sustentar todo o empreendimento, que até o quarto andar será comercial e o restante residencial. Toda a construção pesará aproximadamente 70 mil toneladas. A fundação é composta por elementos principais – primeiro é cortina de contenção em parede de diafragma, com mais de 200 tirantes estrategicamente posicionados para garantir eficiência na contenção do solo.
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Em composição, vem as estacas com 35 pés de profundidade, ancorando o edifício com segurança nas características geológicas específicas da região. Por fim, estão os blocos estruturais, que atingiram o total de 23.300 metros cúbicos ( m³) de concreto de alto desempenho e resistência e aproximadamente duas toneladas de aço. Para tanto, foi preciso deslocar 150 caminhões de concreto no fim do ano passado para o local da obra gigantesca.
William dos Santos Canfield, engenheiro civil na THÁ Engenharia, informou que vários desafios são enfrentados pela equipe diariamente, entre eles a retirada do material na escavação que avançou por mais de 20 metros.
“A obra é um desafio constante. Primeiramente é o terreno, não se pode perder muito material como a própria lama. O entorno é movimentado, temos um vizinho muito próximo e todo cuidado é necessário. Na fundação temos o que chamamos de bloco principal, algo que assegura grande parte do prédio, inclusive os elevadores. Foram utilizados 1144 m³ de concretagem, um volume bem alto. A execução está conforme nosso planejado”, disse William. A previsão de entrega segue sendo 2027.
Uma das curiosidades da mega obra em Curitiba foi o uso de gelo no concreto. Caminhões vieram de Santa Catarina com o produto no fim de dezembro com o objetivo de reduzir a temperatura no bloco principal na hora da concretagem.
“Foram 100 toneladas. O gelo reduz a temperatura do lançamento e assegura a qualidade e segurança pós concretagem. É uma ação muito manual, feito barra a barra, além de muito aço na armadura”, comentou o engenheiro civil.
Outros números expressivos do OÁS: são 1850 toneladas em peso de aço e 4.800,00 m² de área de vidro.
Próximas etapas da obra gigante em Curitiba
As fases da mega obra estão no cronograma. Depois da fundação e contenção que estão concluídas, a parte da escavação já ultrapassou a metade do trabalho dos operários. A partir disso, iniciará a chamada etapa da infraestrutura, parte de blocos de coroamento e vigas baldrame que são os arranques dos principais pilares do prédio.
A perspectiva que esse ano sejam construídos 12 andares do OAS Barigui. Guilherme Fujita, gerente de Operações da GT Building, valoriza o trabalho da equipe que precisa ser eficiente em muitos aspectos relacionados à construção civil.
“Todo prédio tem seus desafios, mas com essa imponência tem mais esforços. Não é comum encontrar terrenos na cidade que comportem um empreendimento como esse e a equipe precisa ser muito capacitada. Temos ao redor um terminal de ônibus (Campina do Siqueira), vizinhos e mesmo um rio na região (Barigui). É uma obra que a gente não vê todo dia, é algo que vai se levar para a vida. Um orgulho e um compromisso”, reforçou Guilherme.
Piscina gigante, medição de vento e liberação de voo
Com 59 unidades, apartamentos entre 160 a 280m² e opções de planta com 3 ou 4 suítes, a oportunidade de morar no prédio mais alto de Curitiba atraiu compradores que irão pagar entre R$2,5 milhões a R$ 8 milhões pela cobertura, que por sinal já já foi vendida. Quarenta por cento das unidades do OAS Barigui já foram comercializadas.
Os últimos três andares do prédio contam com toda a área de lazer aos moradores. O 48º pavimento vai ter uma piscina gigante que irá percorrer todo o andar, além de sauna e espelho d’água. O 49º e 50º com a área gourmet, champagne bar e luneta disponível para observar as estrelas.
“Esse empreendimento é como se fosse um oásis em meio a cidade grande. Um refúgio particular para quem busca um lugar de bem-estar e paz de espírito. Em uma localização privilegiada e por ser um projeto emblemático e moderno, o OÁS Barigui ajudará na formação da atmosfera da região”, afirmou João Alfredo Thomé, Diretor da GT Building, Sustentabilidade, Tecnologia e bem-estar.
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Para quem tem receio da força do vento batendo forte lá no alto, uma série de estudos foram realizados para projetar as possibilidades de construção. Um deles é relacionado ao túnel de vento, feito por uma empresa britânica que, por meio de dados coletados por institutos de meteorologia e da posição dos edifícios vizinhos à obra, simulou um ensaio climático para deduzir o vento que atingirá o edifício e seu entorno.
O resultado apontou a velocidade média dos ventos de 25,5 m/s (35 km/h), sendo que no último pavimento deu 35m/s (65 km/h), indicando que a estrutura que será utilizada é para segurar um possível vendaval. Outros exemplos de estudos relacionados à altura do OÁS são o de verificação do terreno e estado do solo vinculado às normas do Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA).
“Para construir um edifício dessa magnitude é essencial ter uma base bem estruturada, pois a fundação oferecerá o suporte necessário para erguer o prédio. Foram realizados todos os testes e avaliações para garantir a máxima segurança da edificação, afinal, estamos falando de uma obra que terá mais de 30 mil m² construídos. O OÁS não é apenas um marco em termos de altura, mas também destaca-se pela combinação única de arquitetura arrojada e eficiência estrutural”, explica Lineu Mário Demeterco, gestor de obras da Thá Engenharia.
Quase cinco vezes maior que o Cristo Redentor
Com a conclusão prevista para 2027, o OÁS Barigui alcançará 179 metros de altura, entrando assim para o seleto clube dos gigantes do Brasil. Comparado ao Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, talvez o ponto mais exibido do país, o prédio curitibano é quase cinco vezes maior. A estátua tem 38 metros.
Prédios mais altos de Curitiba
Atualmente em Curitiba, o maior prédio é o Universe Life Square, localizado na Rua Comendador Araújo, no Centro. Com 43 andares e 152,58 metros, o edifício tem uso misto ( escritórios e apartamentos residenciais). Na sequência, o AGE 360 com 132,72 metros e 35 andares no bairro Mossunguê, e na terceira posição o Evolution Corpore com 129,65 metros que tem escritórios, apartamentos e hotelaria ( Hotel Pestana), na Brigadeiro Franco, no Centro.
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