Uma equipe faz o monitoramento diário do aterro sanitário da Caximba, acompanhando a queima do gás gerado pela decomposição do lixo e os efluentes líquidos do tratamento do chorume (também subproduto da decomposição dos resíduos). O acompanhamento das condições do local deve durar, no mínimo, 20 anos. De acordo com Edélcio Marques dos Reis, diretor do departamento de limpeza pública da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, o aterro está completamente coberto com grama e selado. Ele explica que não há mais qualquer exposição de lixo. Faltam agora as obras de complementação do encerramento do aterro da Caximba. Entre as obras está a reconformação geométrica. A intenção também é diminuir a quantidade de água circulando no aterro para reduzir a formação de chorume.

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Existe ainda um estudo para verificar a viabilidade técnica e econômica para aproveitar o gás gerado na decomposição do lixo e transformá-lo em energia. “Agora precisamos ver por quanto tempo mais haverá a geração de gás”, comenta Reis. Ele ressalta que, no momento, não há um projeto concreto para a construção de um parque no local. Mas a área deve servir como local de estudos para o segmento de aterros sanitários.

A Prefeitura de Curitiba informou, no aniversário de um ano do fechamento do aterro da Caximba, que espécies de plantas, aves e mamíferos estavam tomando conta da área. A parte de biodiversidade está sendo monitorada pelo Museu de História Natural de Curitiba, que havia identificado a presença de 114 espécies de aves e 23 espécies de mamíferos.

Acendedores

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Sobre o funcionamento dos acendedores, que ficam queimando o gás liberado no aterro, Reis explica que os equipamentos realmente podem apagar com as mudanças climáticas, como mudança de ventos e chuvas. “Temos uma equipe de monitoramento 24 horas por dia no local. Dentro do esquema de manutenção do aterro, há funcionários que estão lá diariamente e passam pelos bicos dos acendedores”, assegura.