Uma reunião na manhã desta quarta-feira (15), entre prefeitos da região metropolitana de Curitiba, trará orientações sobre como as cidades da Grande Curitiba deverão seguir no combate à covid-19 após a suspensão da quarentena restritiva, anunciada na noite desta terça-feira (14) pelo governador Ratinho Jr. Para Márcio Wosniak, prefeito de Fazenda Rio Grande e presidente da Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Curitiba (Assomec) o momento é delicado e uma minoria que não acredita na doença precisa se conscientizar, pois, segundo ele, esta faixa da população acaba sendo propagadora da doença.

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Justamente no dia em que o Paraná bateu recorde nos óbitos por coronavírus acontece o afrouxamento do combate à doença. Apenas em Curitiba foram 20 novos mortos pela doença em um dia. Por isso, a recomendação à população segue aquelas ditas desde o começo da pandemia: uso de máscaras, higienização das mãos e isolamento. “Esse cuidado extremo deve ser tomado. As pessoas estão conscientes, mas tem uma faixa de 10% que não acredita na doença e que precisa se conscientizar. Eles, sim, são eles os grandes transmissores e propagadores deste vírus, o que tem aumentado o números de pessoas contaminadas e causando esse problema de congestionamento das vagas de UTI”, disse.

Segundo Wosniak a medida o fim da quarentena restritiva chega para dar um respiro à economia local. “O isolamento social não atingiu 50%. Novas medidas como estas que os prefeitos estão trazendo podem ajudar outra área que está sofrendo: o comércio, que está 14 dias de portas fechadas. É muito difícil para a cidade”, disse o presidente da Assomec em entrevista ao Bom Dia Paraná desta quarta-feira, na RPC.

A preocupação com o fim da quarentena restritiva é grande, pois os números não indicam a diminuição dos casos de coronavírus, muito pelo contrário. “A preocupação é muito grande, vemos que nesses últimos dias têm sido muito alto o número de contaminações e os leitos de UTIs estão cada vez mais difíceis de se conseguir. Cabe ao governo do estado buscar mais leitos e aumentar a demanda nas cidades”, disse Wosniak.

E agora?

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Enquanto as novas regras não são publicadas, Wosniak recomenda que os comerciantes cuidem de seus funcionários e clientes. “Não é a hora de passear. Queremos trazer um pouco de mobilidade econômica, mas precisamos de fiscais da saúde, para garantir que as pessoas usam máscara e passem álcool. Nosso inimigo é o coronavírus”, finalizou.


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