Depois de 50 horas acorrentado, o empresário Arlindo Ventura (Magrão), dono do Bar do Torto, em Curitiba tirou a corrente que o deixava preso do lado de fora de uma agência da Caixa Econômica Federal, no Centro Cívico. Magrão foi chamado por diretores do banco para conversar e buscar um acordo para solucionar a falta de crédito financeiro.
O empresário se acorrentou na manhã de segunda-feira (13) em protesto por não conseguir liberação de crédito. De acordo com o Magrão, em um extrato do banco do início de março desse ano, constava a liberação de crédito de R$ 55 mil para giro de caixa, mas a gerência não chegou a liberar o valor alegando inadimplência.
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Em resposta, o empresário disse que a necessidade do empréstimo é justamente para evitar a inadimplência e manter empregos. ” Foi uma experiência difícil, dolorosa e um pouco radical. A caixa abriu uma linha física e aí posso tampar a jurídica. Entramos no acordo com o diálogo”, afirmou o empresário nesta quarta-feira (15).
Magrão também chamou atenção dos dos trabalhadores e empresários para os seus direitos. “Parece que a liberação de crédito é um favor que as instituições financeiras estão nos fazendo. Não é. Nesse momento, precisamos de todo o apoio possível para manter os empregos dos trabalhadores. Estamos no limite e ainda sendo tratados dessa forma”, desabafou Arlindo. Esta não foi a primeira vez que isto aconteceu. em 2012, o empresário ficou preso em um corrimão da escada da agência do Banco no Brasil na Praça Tiradentes, no centro de Curitiba. Motivo do protesto foram as supostas taxas abusivas que eram cobradas.
Em nota, a Caixa diz que está atento às necessidades das empresas e está disponibilizando linhas de crédito. “Se as empresas estiveram aptas ao crédito, elas são contatadas pelo gerente da agência mais próxima da empresa. A Receita Federal fornece um código que dá o sinal verde para a liberação do dinheiro”, relatou em nota a instituição financeira.
Arlindo Ventura esteve acompanhado do presidente da Associação Brasileira de Bares, Restaurantes e Casas Noturnas (Abrabar) ,Fábio Aguayo e de outros empresários do segmento. “Desde que se acorrentou em frente a agência, o Magrão recebeu a solidariedade de diversos empresários de bares, restaurantes e casas noturnas, sendo que a maioria também não conseguiu acessar as linhas crédito”, relatou Fábio.