Transplantada e em estado grave

Após dois meses na UTI, paciente com covid recebe alta e emociona médicos em Curitiba

Rosane já tinha passado por transplante de rim e ficou 55 dias internada na UTI do Hospital Marcelino Champagnat. Foto: Divulgação

A projetista Rosane Weber, de 45 anos, sabe de perto como os sintomas da covid-19 podem impactar uma vida. Pouco mais de dois anos após sua primeira internação, no início da pandemia, ela recebeu alta médica na última terça-feira (19) da UTI do Hospital Marcelino Champagnat, em Curitiba, após ficar 55 dias hospitalizada.

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Dez anos após realizar um transplante de rim, a projetista já havia tomado três doses da vacina quando acabou se infectando com a covid-19. Após alguns dias de cuidado em casa, ela foi ao hospital pensando que seria liberada no dia seguinte. Quando recebeu a notícia de que estava com 90% do pulmão comprometido e o rim parado, o choque foi muito grande.

“Essa gravidade tão grande ainda não tínhamos experimentado, nem quando a minha mãe passou pelo transplante. Receber a notícia da internação na UTI e intubação foi bem difícil. Quando foi extubada, fizemos uma visita e ela não conseguia manter o olhar fixo”, relembra a filha Júlia Quadros. “Mas, com o passar dos dias, ela ficou em pé na prancha, foi para o jardim do hospital, colocou o pé na grama…foi só emoção”, comemora.

“Luz no fim do túnel”

O médico intensivista do Hospital Marcelino Champagnat, Marcos Streit, atuou na UTI covid-19 desde o início da pandemia, e conta que poder testemunhar a alta da Rosane é um momento que ficará marcado para sempre. “Acompanhar essa alta é muito emocionante, um marco muito importante porque é a luz no fim do túnel que muitas vezes pareceu estar tão distante”, conta.

“Foram dois anos muito intensos, muitas perdas e histórias de superação. Muito trabalho para que os pacientes pudessem voltar para casa, para suas famílias. Ver a UTI assim, quase vazia, é indescritível”, ressalta Streit.

A psicóloga Viviane Longhi também esteve diretamente envolvida no cuidado à projetista e no contato com a família. “O vínculo que a gente cria nesses casos é muito forte; acompanhamos a luta da paciente pela vida e a angústia da família durante todo o processo. Acompanhar essa vitória da Rosane e todo processo de ressignificação que ela teve é muito gratificante”.

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