Os manifestantes acampados nos arredores da sede da Polícia Federal de Curitiba em apoio ao ex-presidente Lula, preso desde o dia 7 de abril, começaram a deixar a região na manhã desta terça-feira (17). A mudança atende às determinações fixadas em um acordo definido em reunião nesta segunda. Assinado também por representantes do Partido dos Trabalhadores (PT) e da Central Única dos Trabalhadores (CUT), o documento define a migração do acampamento para o Parque do Atuba, a 3 km de onde os militantes permaneceram concentrados nas últimas semanas.

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Contudo, parte da estrutura do acampamento começou a ser levada para um terreno mais próximo, no bairro Tingui, a poucas quadras de distância da superintendência. Isso porque, ainda na noite desta segunda-feira, organizadores da vigília afirmaram que não têm a intenção de ocupar o espaço cedido pela prefeitura de Curitiba no Parque do Atuba.

Um dos terrenos escolhidos pelo grupo – para onde parte do material já foi levado – fica na esquina das ruas Joaquim Nabuco e São João (rápida sentido Colombo). O espaço é privado e foi alugado, mas os custos não foram divulgados pelos apoiadores.

Pelo acordo, a mudança completa deve terminar até as 18h desta terça-feira (17). Durante a manhã, todo o arranjo da cozinha que serve aos acampados já havia sido deslocado para o novo espaço.

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Nos arredores da PF, serão mantidas apenas quatro tendas institucionais para dar suporte aos atos públicos, que podem acontecer das 8h às 21h – o som é permitido até as 19h30.

Acordo

O acordo selado nesta segunda-feira (16) foi assinado por representantes do PT, da CUT, do Movimento Sem Terra (MST) e pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp). O Ministério Público do Paraná (MP-PR) intermediou a reunião.

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O compromisso veta a aplicação da multa de R$ 500 mil por dia estipulada pela 3ª Vara da Fazenda Pública de Curitiba. Uma nova reunião deve acontecer em sete dias para verificar os pontos do acordo.

Sem perdão