Uma audiência pública online na manhã da próxima segunda-feira (25), organizada pela Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), debaterá a privatização da Eletrobrás e o risco de apagão elétrico no Paraná e no Brasil. A audiência está marcada para começar às 10h. O debate contará com transmissão pela TV Assembleia, site e redes sociais do Legislativo.

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A audiência foi proposta pelos deputados Goura (PDT) e Requião Filho (MDB) em parceria com o Sindicato dos Engenheiros do Paraná (Senge) e o Fórum em Defesa da Copel. O objetivo é debater a crise hídrica e energética no país, o risco de apagão e os custos do aumento de energia produzido pelas termelétricas. Também discutir a infraestrutura brasileira, o papel da União e estados, empresas e a falta de investimentos no setor.

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“Caso nada seja feito, o setor de energia será novamente um gargalo ao crescimento econômico no início da próxima década. Crescendo de 3% a 4% ao ano, chegaremos em 2021-2022 altamente dependentes da geração termelétrica a óleo e carvão, elevando preços e ocorrências de blecautes (apagões)”. Segundo os organizadores da audiência, estas aspas constam do Plano de Governo do presidente Jair Bolsonaro, em 2018. Três anos depois, especialistas não se perguntam se vai ter apagão no país, mas quando e com qual intensidade? Também perguntam qual é o custo e como o Brasil vai pagar essa conta. As respostas ou suspeitas serão debatidas na audiência pública.

Opinião

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Para o deputado Requião Filho o momento do debate é necessário, visto o risco de apagão no país e que poderá ser agravado com a privatização, diminuindo os investimentos no setor e a busca por alternativas na geração de energia. “Temos que debater isso agora. A privatização de um sistema que tem praticamente um monopólio levou os Estados Unidos a praticamente um apagão. As empresas para terem lucro aumentam suas tarifas e diminuem seus investimentos. A energia no Brasil é, em grande parte, de hidrelétricas e temos que buscar novos investimentos, redes e ramais de transmissão e investir em energia eólica e solar”, disse. 

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“A privatização nesse momento, no mundo que vivemos hoje, vai trazer menos investimentos, principalmente nas energias solas e eólica, menos investimentos na capacitação e captação de geração de energia no Brasil, trazendo o país a um perigoso momento, perto de um apagão, além de uma crise hídrica”, completou.

Outro proponente do debate, o deputado Goura, apontou a falta de investimentos em políticas públicas ambientais como fator para o caos que se aproxima, a escassez de energia e água. “Todos devem entender que a crise hídrica e a crise energética são consequências. Não podemos ficar só olhando para o resultado como se ele não tivesse uma causa. E nestas duas crises a causa é evidente. É a falta, no presente e no passado, de políticas públicas ambientais de preservação das nascentes, dos riachos e dos rios. Enfim, a crise hídrica e energética são consequências do desmatamento predatório e descontrolado”, afirmou.

“Precisamos de medidas de curto, médio e longo prazo para zerar o desmatamento e replantar as florestas. Precisamos ir além das medidas paliativas que são tomadas hoje pelos gestores públicos no que diz respeito à gestão dos recursos hídricos do Paraná e do Brasil”, finalizou.

A audiência pública deverá contar com respostas a perguntas e comentários do público externo pelas redes sociais.

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