Comércio aquecido

Antigo prédio do Frigosul, no Bacacheri, vai virar Casa China em julho

Nova Casa China vai movimentar região do Bacacheri. Foto: Felipe Rosa

 

 

Uma nova unidade da Casa China será aberta no próximo mês de julho no Bacacheri, no antigo prédio em que funcionava o Frigosul, tradicional frigorífico da região. O imóvel estava abandonado desde 2004 e o novo comércio deve movimentar ainda mais a região, que nos últimos anos tem testemunhado uma expansão comercial. Bom para o comércio local, preocupante para o trânsito que já representa um nó diário para os moradores.

Cerca de 70 empregos diretos foram gerados para cuidar da estrutura do antigo galpão que foi construído no início do século XX. Com cerca de 2.500m², o espaço fica num ponto estratégico da avenida e, mas que há quase 15 anos vinha servindo apenas como ponto de referência para quem precisava se situar pela região.

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Para adaptar o espaço à nova loja a estrutura do antigo frigorífico passou por reforma drástica, já que, ao invés de refrigeradores e balcões de corte, dará vez à prateleiras repletas de utilidades domésticas, brinquedos, roupas e alimentos. Para facilitar o entra e sai, a loja também contará com estacionamento para mais de 200 carros – segundo a assessoria de comunicação da Casa China.

Em relação à contratação para novos empregos, segundo a própria assessoria do grupo, as cerca de 70 vagas disponíveis já foram preenchidas. Mesmo assim, a inauguração é vista com bons olhos pelos moradores do bairro. “Isso significa mais gente consumindo por aqui e mesmo que as vagas já tenham sido ocupadas, sempre acaba surgindo uma ou outra oportunidade. Será bom para o bairro”, afirma Luiz Tadeu Seidel, morador e presidente da Associação de Moradores do Conjunto Solar (Assolar)

Obras estão avançadas. Foto: Felipe Rosa / Tribuna do Paraná
Obras estão avançadas. Foto: Felipe Rosa / Tribuna do Paraná

Alegria e preocupação

Luiz Tadeu comemora a inauguração de um novo comércio no local, pois desde o fechamento do antigo frigorífico, o espaço estava desocupado. “Depois que a fábrica fechou, em meados de 2004, ficou aquele ponto vazio. Chegamos a ter alguns problemas judiciais com eles na época, por conta do descarte de alguns corantes químicos usados na conservação das carnes, mas tirando isso, nunca foi problema para o bairro”, revela.

Pra quem mora em Curitiba há mais de 25 anos, uma das provas de que a expansão comercial tem o poder de transformar a rotina de um bairro é o próprio Bacacheri. Nos arredores do Conjunto Solar, antes local tranquilo, que para muitos era apenas via de acesso à BR-116, hoje o movimento é bem diferente. Recentemente, com a inauguração de estabelecimentos badalados, o local passou a atrair um público diferente das habituais donas de casa e oficiais do exército, moradores da vila militar.

Para não dizer que tudo são flores, Seidel levanta uma preocupação: o trânsito. “Ali já anda muito complicado em horário de pico. Os acessos são, quase todos, feitos por vias de mão única e o movimento é muito grande. Vai ser necessário pensar bem na logística de trânsito”, pondera.

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