Com recordes de calor, o ano de 2020 tem tudo para ser o mais quente de toda a história, segundo levantamento do Serviço de Mudança Climática Copernicus, do Programa de Observação da Terra, da União Europeia, instituição que monitora o clima desde 1979. No Paraná, basta olhar para o mês de setembro, que teve recordes de temperatura e acabou classificado como um dos meses mais quentes de toda história do Simepar. Curitiba chegou aos 35,6ºC no início de outubro, calor que, inclusive, gerou um baita prejuízo para um comerciante do Cajuru.
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“Com exceção do Litoral, em todas as outras regiões do Estado a temperatura média ficou acima dos registros históricos. Em Curitiba, os termômetros marcaram entre 2 e 3 graus acima, e no Noroeste até 4 graus mais alta”, explicou o coordenador da Operação Meteorológica do Simepar, Marco Antônio Jusevicius.
O calor intenso preocupa, pois o Paraná vivencia o pior cenário de seca dos últimos 100 anos, o que colabora com queimadas e cenas que chamam atenção nas redes sociais, como aquele fim de tarde alaranjado e seco. Registros publicados nas redes sociais até fazem sucesso, mas o real motivo de o céu permanecer desta cor é preocupante.
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Além das temperaturas nas alturas, deixando a sensação de estarmos em um forno ligado, a ausência de chuvas deixa tudo mais difícil, o que motiva diariamente a necessidade de rodízios por causa da falta de água, medidas que podem ficar ainda mais severas dependendo do andamento das precipitações.
“É quase certo que 2020 se configure como um dos anos mais quentes dos últimos 25 no Paraná. O diferencial é que está havendo uma combinação explosiva de temperaturas elevadas com déficit hídrico de chuvas, que estão abaixo da média há um ano e meio”, completou o meteorologista. A seca não fica apenas no Paraná. No estado vizinho de Mato Grosso do Sul, duas equipes do Corpo de Bombeiros foram deslocadas para tentar acabar com o incêndio que devasta o pantanal brasileiro. As áreas devastadas são tão grandes que até a fumaça chegou a ser sentida em Curitiba.
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Seca continua
Segundo o Simepar, Paraná encontra-se atualmente em situação de seca moderada, grave e extrema, de acordo com a região. Em Curitiba e Região Metropolitana, que enfrentam crise no abastecimento de água, a classificação é de seca extrema.