Bate-papo entre amigos foi interrompido à bala no início da noite de ontem no Conjunto Áquila, em Pinhais. Jhonatan da Silva, 19 anos, e Murilo César Wigand Coelho, 18, foram baleados por homens que saíram atirando de um Astra prata.
Feridos, os dois correram um para cada lado, mas tombaram a cerca de 70 metros entre si. Pelo menos quatro versões foram comentadas, para tentar explicar o crime.
Jhonatan levou um tiro na boca e morreu num terreno baldio, na Rua Valdir Oneda. Murilo foi baleado com pelo menos três tiros nas costas e morreu na Rua Reinaldo Ribas. A arma utilizada era de calibre 380.
Uma moradora, que não quis se identificar e teve o portão de casa atingido por um tiro, contou que Murilo morava no Conjunto Áquila e seu mudou há pouco tempo para o Bairro Alto.
Ela disse que o rapaz sempre voltava para rever os amigos. Por volta de 19h40 de ontem, os dois chegaram na moto de Jhonatan, a Yamaha placa APV-4225, e desceram para conversar com a filha da vizinha, quando os matadores chegaram. A amiga conseguiu correr e não foi ferida.
Hipóteses
Populares contaram diferentes versões para a motivação da dupla execução, como acerto de contas e crime passional. Mas para o tenente Ademilson Gonçalves, do 17.º Batalhão da Polícia Militar, a hipótese de briga entre gangues é a mais plausível. Também afirmaram que o ex-namorado, da atual namorada de Jhonatan estaria envolvido nos assassinatos.
Algumas pessoas comentaram que o crime pode ter sido vingança. A casa de Jhonatan teria sido invadida pela polícia, na semana passada, e ele e Murilo teriam dedurado dois delinquentes. Esses rapazes seriam suspeitos do duplo assassinato.
Também briga em bailão foi comentada como possível motivo do crime. Murilo não tinha passagem pela polícia, segundo o tenente que tentou levantar a ficha de Jhonatan, mas não havia nenhum registro em seu nome.