Caso Tayná

Amigos de Tayná acreditam que o crime foi motivado por ciúmes

Amigos da adolescente Tayná Adriane da Silva, de 14 anos, encontrada morta em 28 de junho, três dias depois de ter desaparecido no bairro Colônia Farias, em Colombo, acreditam que o crime foi motivado por ciúmes. A suspeita dos amigos ganhou força depois que a Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp) confirmou que o esperma encontrado na calcinha dela não é de nenhum dos quatro suspeitos presos dois dias antes de o corpo ser encontrado.

Uma das jovens, que preferiu não se identificar, disse que Tayná, no dia do desaparecimento, ficou na casa de uma amiga, perto do colégio. Não foi à aula, nem ao trabalho de manicure em um salão do bairro. Segundo testemunhas, as duas ficaram sozinhas durante todo o dia e, quando os pais da garota chegaram, pouco depois das 18h, Tayná foi embora. Apesar de a amiga ter sido uma das últimas pessoas a estar com Tayná, ela não foi ouvida pela polícia.

Traição

Os amigos disseram que Tayná era constantemente assediada. “Ela era acostumada a dizer não para os meninos. Ela nunca foi de ficar se agarrando na rua e coisas desse tipo”, contou a amiga. A garota explicou à reportagem do Paraná Online que Tayná era assediada por um homem casado, conhecido dos quatro suspeitos presos. “Ele vivia tentando ficar com ela. A mulher dele descobriu e morria de ciúmes”, alertou a adolescente, que também não foi ouvida pela polícia.

Enquanto a equipe de reportagem estava parada na frente ao terreno onde ficava o parque de diversões, um homem, que não quis se identificar, disse que a polícia precisa fechar o cerco. “Pode ser que o sêmen não seja do assassino, mas isso também não quer dizer que os quatro suspeitos são inocentes. É preciso ouvir outras pessoas, os familiares, o dono do parque, o filho dele e colher material genético”, sugeriu o homem. Antes de se afastar, fez o sinal da cruz e foi embora.

Dor e dúvidas

Na casa de Tayná, o clima é de tristeza e dúvidas. A mãe preferiu o silêncio, disse que está sem condições psicológicas para tentar entender as reviravoltas que o caso tem a cada dia.

O irmão da adolescente, que atendeu a equipe do Paraná Online, disse que todos estão confusos por conta do excesso de informação, tanto da imprensa, quanto da polícia e da própria comunidade. “Quando a gente achou que tudo estava resolvido, que os culpados seriam julgados e condenados, a gente percebe que nada foi resolvido. Nem sabemos se eles são culpados ou inocentes”, contou o rapaz.

Homenagem

No local onde o parque estava instalado ficaram apenas os cartazes, faixas e algumas flores, levadas por alguns amigos no domingo, quando a menina foi homenageada. E no terreno onde o corpo foi encontrado, o poço está aberto e tampa de concreto foi quebrada.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna