A prefeitura de Curitiba descartou que o transporte coletivo estaria sendo foco de propagação do coronavírus. A cidade alterou nesta sexta-feira (28) o protocolo de segurança para a bandeira vermelha , aumentando a rigidez ao funcionamento de serviços. O assunto é alvo de reclamação constante dos usuários, que sentem na pele, no dia a dia, a lotação no transporte coletivo de Curitiba.

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De acordo com o levantamento epidemiológico da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba, que analisou o período de março de 2020 a março de 2021,  cerca de 300 mil passageiros passam diariamente pelas catracas do transporte coletivo e 99,9% não têm diagnóstico de covid-19. O estudo foi apresentado nesta quinta-feira (27) durante reunião on-line dos gestores da Secretaria da Saúde com representantes dos setores econômicos da cidade e diretores de serviços hospitalares. Os mesmos dados foram repassados publicamente em entrevista coletiva realizada virtualmente na sexta.

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“Desde o início da pandemia discutindo com a Comec, mas são sistemas autônomos e independentes: URBS e Comec. Acreditamos que vai reduzir bastante a circulação das pessoas”, disse Márcia Huçulak, em entrevista coletiva à imprensa nesta sexta-feira.

Diego Spinoza, epidemiologista da Secretaria Municipal da Saúde relatou que mesmo que o ônibus venha a estar cheio, o uso de máscaras e a pouco conversa entre os curitibanos originou os resultados. “Não encontramos essa relação com mais pessoas circulando nos ônibus com o aumento no número de casos. Isso mostra algumas particularidades com os passageiros usando máscara, as portas são abertas nas paradas e com isso existe a “troca de ar” e a pouca conversa entre os usuários ajudam”, disse Spinoza.

No estudo, o Centro de Epidemiologia da secretaria cruzou o banco de dados dos testes positivos para covid-19 com os CPFs dos usuários do cartão-transporte da Urbs. A partir disso, foi considerado o intervalo de três dias antes da data de coleta do exame até 14 dias depois, verificando nesse período o uso do cartão nas linhas de ônibus e terminais de transporte.

A partir de março, além do rastreamento, a prefeitura de Curitiba também começou a bloquear o cartão-transporte dos passageiros com resultado positivo de covid.