A tão esperada reforma da Escola Municipal Professora Lina Maria Martins Moreira, no Campo Comprido, passou de alívio a indignação. As obras começaram após a manifestação de pais no começo do ano, mas o trabalho parou assim que os alunos entraram em férias, justamente quando poderiam estar a todo vapor.
Por isso, é provável que na próxima terça-feira, quando as aulas serão retomadas, os estudantes ainda encontrem ambientes improvisados, além do que foi vandalizado há alguns dias. “Pararam bem na hora que poderiam trabalhar bem”, lamenta Cristiano de Oliveira, 30, que é pai de aluno.
Transtorno
Os pais contam que uma das turmas precisou ficar dividida em duas salas, por causa do espaço, fazendo com que a professora se desdobrasse com um quadro móvel. “Negociamos a reforma, fizemos a adequação com a escola, mas a gente esperava que tudo se resolvesse nas férias”’, comenta o pai Fabiano Lüder. A reforma do banheiro também não ficou pronta.
Os pais perceberam que a movimentação na escola estava menor que o esperado desde a primeira segunda-feira de férias. Tiveram a confirmação que as obras estavam paradas na semana passada, quando visitaram o prédio depois que vândalos picharam paredes e quebraram vidros. Na manhã de ontem, porém, alguns trabalhadores estavam no local, mas ainda sem materiais para o serviço.
Pichação foi feita nas férias. |
Secretaria culpa fornecedores
Para os pais, a situação representa descaso com a educação. “É indignante. A educação é um direito e deveria ser a prioridade de qualquer governo. Será que eles não percebem que investir na educação, ainda mais na integral, é essencial pra mudar a sociedade?”, desabafa Cristiano. “Parece que estamos mendigando as coisas, que ficamos só chorando”, diz a mãe Nicacia Diedam Freitas, 42.
Segundo informações da Secretaria de Municipal de Educação, a reforma ficou paralisada durante as férias escolares porque houve falta de material, por parte dos fornecedores. A Secretaria reforça que as obras foram retomadas ontem e que já era previsto que avançassem durante o período letivo, não afetando as aulas ou o calendário escolar.
Mutirão
Caso a reforma não fique pronta a tempo, os pais pretendem fazer um mutirão na próxima segunda-feira para garantir que os alunos sejam bem recebidos na terça-feira.