Quem passou perto do lago do Parque Barigui, um dos principais pontos turísticos de Curitiba, nesta terça-feira (29) percebeu que a água está verde. É possível notar o aspecto esverdeado em toda a extensão dos 230 mil metros quadrados do imenso lago.
Em entrevista para a Tribuna, o professor do curso de Ciências Biológicas da Pontifica Universidade Católica do Paraná (PUCPR) Rodrigo de Andrade Kersten explica o que pode estar acontecendo no local. Ele disse que não é possível identificar completamente a situação sem uma análise técnica do lago. Entretanto, a característica verde indica a presença de algas.
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Algas na água: sinal bom ou ruim?
De acordo com o professor, em um aspecto geral, existe a possibilidade do crescimento de algas trazerem alguns problemas para animais, como peixes, e humanos, já que alguns tipos são tóxicos. Mas ele reitera que é necessária uma análise aprofundada para compreender o que está no lago do Parque Barigui.
O biólogo conta que o excesso de nutrientes na água é a principal causa para o crescimento de algas. “Nesses lagos de Curitiba, os excessos de nutrientes são restos de esgoto mesmo”. O professor também diz que algas podem crescer facilmente em lagos quando há excesso de adubo. No entanto essa situação é mais provável quando existe uma plantação próxima.
Somando poluição, sujeira e possível falta de tratamento adequado, outra característica do lago do Parque Barigui que pode facilitar o crescimento das algas é a água parada.
O especialista indica duas formas para resolver o problema: cortar a fonte de poluição ou fazer a oxigenação artificial da água, colocando uma fonte para promover a circulação do lago, por exemplo.
E aí, Prefeitura de Curitiba?
Em nota, a Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Curitiba alega que a água do lago do Parque Barigui está verde por conta de plantas aquáticas invasoras que se reproduzem com facilidade em alguns lagos urbanos.
Apesar de trazerem uma coloração diferente para o lago, a secretaria afirma que “as algas são sazonais e não prejudicam os peixes e nem a oxigenação da água”.
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