Vítima de um ataque de um grupo de cerca de 20 pessoas, o estudante de medicina Antônio Cirilo Rylo Toso, 19 anos, foi gravemente ferido após levar uma pedrada no rosto enquanto transitava pela Avenida Getúlio Vargas, na altura da Praça Afonso Botelho, no bairro Água Verde, na tarde do último domingo (28). A agressão causou duas fraturas no rosto da vítima, além do descolamento da retina do olho direito.
De acordo com os relatos do jovem e dos dois amigos que estavam com ele no carro no momento do ataque, o grupo agressor não demonstrou ter nenhuma motivação específica para cercar e depredar o veículo, além de tentar agredir os ocupantes.
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“Ele estava andando devagar para encontrar um lugar para parar porque iria deixar um dos amigos naquele ponto. Foi então que ele viu algumas pessoas atravessando à rua e parou o carro para que elas passassem. Nesse momento uma dessas pessoas já deu um chute na porta do carro e outra atirou uma pedra, que entrou pelo lado do passageiro e acertou o rosto do meu filho”, conta Ângela Rylo, a mãe do Antônio, que acredita que só não ocorreu algo ainda pior com o filho porque ele conseguiu fugir do local, mesmo após se ferir.
“Felizmente ele conseguiu sair dali e procurou atendimento médico. Fico só imaginando o que aconteceria se ele tivesse desmaiado na hora ou se não tivesse conseguido ir embora. Até porque os meninos contaram que essas pessoas, a maioria encapuzada, estavam armados com pedaços de pau com prego nas pontas e muitas pedras, e tentaram atacar também alguns ciclistas que passaram na hora”, complementa.
“E mesmo assim meu filho talvez tenha que passar por duas cirurgias, pelo descolamento da retina e pela fratura da face, mas só teremos certeza sobre isso em alguns dias”.
Ângela acredita que o bando é o mesmo que depredou um ônibus da linha Cachoeira-Caiuá também nas proximidades da Arena da Baixada, em horário muito próximo ao do ataque a seu filho, que foi por volta das 16h25. Nessa outra ação de vandalismo, uma idosa teve ferimentos leves. Algumas testemunhas desse outro ataque afirmaram que o grupo era formado por torcedores do Coritiba que passavam pela região.
Nesta terça-feira (30), após mais uma consulta médica para avaliar os ferimentos em seu olho, que não aponta ainda um prognóstico sobre eventuais sequelas ou danos à visão, o jovem registrou um boletim de ocorrência na Polícia Civil, que passará a investigar as circunstâncias do ataque. O próximo passo da apuração será localizar câmeras de segurança da região que possam ter registrado os acontecimentos do último domingo e ajudar na identificação dos agressores.
Polícia Militar reforça registro de B.O.
Em nota, a Polícia Militar informou que não localizou nenhum acionamento para atender esse caso. A PM reforçou a necessidade de se registrar o Boletim de Ocorrência para que casos como este sejam investigados pela Polícia Civil (o BOU é unificado entre as forças de segurança).