Advogados acusados de extorsão são soltos

A juíza Maria Fernanda Nagara Ferreira Costa, de Campo Largo, aceitou o pedido de soltura dos advogados Evaldo Pissaia e Renato Beraldo Júnior, presos na manhã de segunda-feira, juntamente com o delegado Maurílio Alves e o superintendente da delegacia local, Adão Osmário de Almeida, acusados de extorsão.

O pedido foi encaminhado pelo advogado Edson Gonçalves. Segundo ele, a juíza entendeu que não havia motivo para mantê-los presos nesta etapa do inquérito. Os dois estavam detidos no Centro de Observação e Triagem (COT), em Piraquara.

O delegado e seu auxiliar continuam recolhidos na carceragem para policiais existente na Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos, no bairro Santa Quitéria, em Curitiba, bem como o investigador Mário Jorge Ermelino da Silva, que foi acusado pelo mesmo crime e apresentou-se Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), na terça-feira. Todos alegam inocência.

Um empresário de Campo Largo denunciou ao Gaeco que os cinco acusados haviam extorquido R$ 55 mil de um caminhoneiro contrabandista de cigarros. Ele e o sócio foram detidos quando entregavam cinco caixas do produto em um bar do município.

Denúncia

Para que não ficassem presos, tiveram que entregar o dinheiro e ainda concordar em pagar uma “mesada” de R$ 3 mil mensais, para que pudessem continuar agindo.

O caso está agora sob segredo de Justiça, mas provavelmente os policiais estão pedindo a quebra de sigilo telefônico e bancário dos acusados, para obter prova material do crime. A delegacia de Campo Largo já tem nova titular. Gisele Mara Durigan assumiu ontem, por designação da Divisão Policial do Interior.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna