Ouvindo música sentados na calçada da Rua 19, a alguns metros do mercado Palmares, na Vila Zumbi, Colombo, dois adolescentes foram alvejados, ambos na cabeça e no peito, por um homem armado de revólver. Um morreu no local e o outro foi socorrido com vida. Familiares deles disseram que por volta das 21h20 de ontem (12), Wintson Lima Santos, 16 anos, e Jhone Correia dos Santos, 18, que apesar do mesmo sobrenome, eram apenas amigos, foram surpreendidos pelo assassino, que vestia preto e abordou os dois dizendo ser policial.
Wintson não resistiu aos disparos e morreu perto da entrada de um salão de beleza. Jhone foi socorrido pelo primo, que o levou de carro ao pronto atendimento 24 horas do Alto Maracanã, onde o rapaz chegou vivo, mas correndo risco de morrer.
“Os dois sempre ficavam ali naquele horário, com uma caixinha de som. Não faço ideia porque fizeram isso com meu filho”, lamentou Sônia Mara, mãe de Jhone, que estava abraçada com a filha, portadora de deficiência. A mãe de Wintson, que era conhecido na vila como “Gordinho”, também esteve no local e acompanhou a perícia. Ela foi orientada pelos funcionários do Instituto Médico-Legal a comparecer pela manhã para liberar o corpo.
A Polícia Militar confirmou que apenas um homem cometeu o crime e fugiu a pé. Mesmo com patrulhas pelo bairro, que faz parte da área da UPS Zumbi-Liberdade, até o início da madrugada, nenhum suspeito foi preso. “Ele agiu com ousadia, pois havia várias testemunhas. Mesmo assim, para nós, pouco foi relatado por elas. Fazemos um policiamento regular nesta região, mas é impossível prever perto de qual residência o crime vai acontecer”, declarou a tenente Tonelli, do 22.º Batalhão. Ela pediu ajuda da população para que o atirador seja identificado.
Prisões
Alguns moradores comentaram que este crime pode ser resultado de prisões feitas pela polícia nos últimos dias na vila. Sexta-feira (8), cinco rapazes foram detidos com drogas e uma pistola nove milímetros. Na delegacia, apenas dois ficaram detidos, um respondendo por tráfico e o outro por porte de arma. Com os dois na cadeia, disputas por pontos de venda de drogas na região reacenderam, disseram os vizinhos.
