Depois da quinta morte na Vila Torres, Prado Velho, a Polícia Militar resolveu fechar o cerco contra as gangues que matam na região desde o fim de semana. A guerra entre os grupos rivais que controlam o tráfico na vila matou um garoto de 15 anos, por volta das 9h de ontem, na Rua Guabirotuba, que separa os “território”.
O adolescente, identificado como Giovani, foi baleado na barriga e caiu em frente à Pontifícia Universidade Católica. Ele foi encaminhado ao Hospital Cajuru, mas não resistiu. Quase que simultaneamente, policiais militares do 12.º Batalhão prenderam um rapaz, identificado como Michel, de 18 anos, suspeito de pertencer a uma das gangues.
Michel e outro rapaz se esconderam da polícia em uma casa da Rua Felipe Camarão. O comparsa conseguiu fugir. “A equipe vistoriou a casa onde estava o rapaz e encontrou uma pistola calibre 9 mm, com 37 cartuchos intactos. Ele é suspeito de envolvimento com gangues que fazem o comércio de drogas na região”, disse o cabo Paulo César de Oliveira.
Mais duas armas foram apreendidas, por volta do meio-dia, com dois adolescentes, de 16 anos, e um foragido da Colônia Penal Agroindustrial, cujo nome não foi divulgado. Em uma casa os policiais apreenderam 173 pedras de crack e em outra, uma pistola calibre 380 e um revólver calibre 38.
A guerra entre os grupos rivais denominadas gangue da “Chicarada” e a “Turma do Bigodão” ou do “Bugrão” dura pelo menos 15 anos. Em 2011, os líderes das gangues teriam determinado “cessar fogo”. A trégua, de mais de um ano, reduziu o número de mortes em 2012, que fechou com seis homicídios. Mas neste ano, já são 14 mortes.