14 tiros

Acusados de crime brutal em Curitiba são julgados; Ex-marido e amigo tramaram emboscada?

Ana Paula Campestrini morreu em 2019, em Curitiba
Ana Paula Campestrini foi assassinada na frente de casa, após uma emboscada. Foto: Arquivo.

O julgamento dos acusados de matar Ana Paula Campestrini,39 anos, em junho de 2021, tem início nesta quinta-feira (23), em Curitiba. O ex-marido da vítima, Wagner Oganauskas, e o amigo Marcos Antonio Ramon, estarão no banco dos réus. Ana foi morta a tiros quando chegava em casa com 14 disparos.

Na denúncia, proposta pela 1ª Promotoria de Justiça de Crimes Dolosos contra a Vida, e com base nas investigações conduzidas pela Polícia Civil, o MPPR sustenta que a motivação do crime teria sido o fato de o ex-marido não aceitar o novo relacionamento mantido pela vítima, com uma mulher.

Conforme a denúncia, o acusado teria passado a “empreender diversos constrangimentos e problemas contra a vítima”, principalmente ao dificultar o livre acesso dela aos filhos do casal (executado por meio de alienação parental) e aos bens adquiridos na constância do casamento (ocultação de bens).

Ainda de acordo com a investigação, Wagner teria intencionalmente autorizado a emissão de carteirinha do clube Morgenau, do qual era presidente para que a mulher pudesse levar os filhos ao local. Também fez com que as câmeras de segurança do clube fossem desligadas, para que o autor dos disparos pudesse seguir a vítima dali até sua casa. Ainda de acordo com o MPPR, Wagner Oganauskas, pagou R$ 38 mil para Marcos Antonio Ramon a fim de matar Ana Paula.

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Em nota, a defesa de Oganauskas afirmou que o réu é inocente. “A acusação contra ele se baseia em narrativas forçadas e elementos circunstanciais, incapazes de sustentar uma condenação dentro de nosso direito processual”, relatou a equipe de trabalha para o ex-marido da vítima.

Já a defesa de Marcos Ramon informou que o cliente vai negar o ocorrido e que espera que “a justiça seja feita”.

Para Jeffrey Chiquini, assistente de acusação, diz que vai atuar para que o júri termine ainda nesta quinta-feira. “Vamos lutar para que esse júri seja rápido, porque não há qualquer dúvida de culpa e não há necessidade alguma para que esse júri se estenda para mais de um dia, pois a prova está facilmente demonstrada. O que cabe a nós é simplesmente mostrar aos jurados o que há no processo, nada além disso, e facilmente se convencerão da culpa dos acusados que está clara”, disse.

O crime de Ana Paula Campestrini

Cena do crime de Ana Paula Campestrini. Homem em uma moto para ao lado do carro vermelho em que ela estava e dispara várias vezes.
O crime, flagrado por câmeras de segurança, aconteceu de forma brutal, no momento em que a vítima estava chegando na residência em que morava. Foto: Arquivo.

Dois homens foram presos na manhã do dia 24 de junho de 2021 suspeitos de envolvimento na morte de Ana Paula Campestrini Oganauskas, no bairro Santa Cândida, em Curitiba. A prisão dos homens, identificados como Wagner Cardeal Oganauskas, advogado presidente da Sociedade Morgenau, e Marcos Antônio Ramon, diretor do clube Morgenau, ocorreu em Curitiba. Wagner é ex-marido de Ana Paula, suspeito de ser mandante do crime.

Tudo sobre o caso:

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>> Envolvido na morte de Ana acompanhava passos da vítima e repercussão do crime. Polícia divulga prints

>> Ex-marido indiciado como mandante da morte de Ana Paula Campestrini; delegada relata homofobia como motivação

O crime, flagrado por câmeras de segurança, aconteceu de forma brutal, no momento em que a vítima estava chegando na residência em que morava. Ela foi abordada por um homem em uma motocicleta que disparou por diversas vezes contra o carro em que Ana Paula estava. “Está comprovado que o autor dos disparos perseguiu a vítima no trajeto até o local da morte”, disse a delegada Tathiana Guzella à imprensa na épica do crime.

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