Mobilização

Acampamento pró-Lula em frente à PF recebe apoio de voluntários e vizinhos

Quase uma semana após a prisão de Lula e sua chegada à superintendência da Polícia Federal em Curitiba, no último sábado (7), manifestantes e apoiadores do ex-presidente continuam reunidos no entorno da sede, localizada no bairro Santa Cândida. Nem o sol, nem o tempo abafado ao longo da semana, intimidaram os representantes das diversas frentes que encontraram nas calçadas das quadras vizinhas à PF, espaço para montar suas barracas.

Pelo menos mil pessoas estão acampadas nas proximidades do prédio, demonstrando apoio ao petista. Entre os principais grupos, membros do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Central Única dos Trabalhadores (CUT), além de representantes do próprio Partido dos Trabalhadores (PT) e também da Frente Brasil Popular estão instalados no local.

De acordo com Regina Cruz, militante e organizadora do acampamento, a equipe de organização da ocupação conta com equipes voluntárias que se revezam na limpeza, cozinha, segurança, saúde, comunicação e até entretenimento. “A ideia é que tudo aqui funcione bem. Nossas equipes estão cuidando para que tudo fique o mais organizado o possível”, disse.

Estrutura organizada

Com públicos de todas as idades, a frente pró-Lula teve que improvisar para viabilizar não apenas abrigo mas também alimentação e estrutura sanitária aos manifestantes. Entre as barracas, tendas com cozinhas improvisadas recebem filas de pessoas para o almoço. No cardápio, purê de batatas, carne moída e salada. Tudo preparado por voluntários, com itens de doação. Banheiros químicos também foram instalados no local para atender os manifestantes. A limpeza, segundo Regina, é feita por equipes de limpeza da própria frente. Para passar o tempo, uma barraca de massagem improvisada e outra, equipada com diversos livros, oferecem distração aos acampantes.

Vizinhos também apoiam

Rosa mora na região e abriu as portas de sua casa para quem estiver no acampamento e precisar de algum apoio. Foto: Gerson Klaina
Rosa mora na região e abriu as portas de sua casa para quem estiver no acampamento e precisar de algum apoio. Foto: Gerson Klaina

Entre vizinhos, a questão continua polêmica. Enquanto para muitos a vida se tornou um verdadeiro “inferno” após a ocupação. Para outros, a presença dos manifestantes é encarada com solidariedade. É o caso de Rosa Espínola, 54, que por vontade própria abriu as portas de sua casa, situada há algumas quadras da PF, para que integrantes do grupo possam lavar roupas e tomar banho.

Sem cobrar nada, a costureira permite que os acampantes utilizem a máquina de lavar e o chuveiro. “São pessoas boas que estão aqui lutando por uma causa. Passam frio, calor, têm criança. Enquanto tantos não fazem absolutamente nada pelo que acreditam, esse pessoal está aqui por vontade própria e por determinação. Ajudar é o mínimo que eu posso fazer”, afirma. E Regina acredita que, cada vez mais, a ajuda de Rosa e outros vizinhos se fará necessária, pois a tendência é de que o número de apoiadores de Lula no acampamento só aumente. “Enquanto o Lula estiver aqui nós vamos ficar”, disse.

https://www.tribunapr.com.br/noticias/politica/em-curitiba-eleitor-de-bolsonaro-lucra-com-apoiadores-de-lula/

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