Um acampamento montado há pelo menos dois anos em frente à sede da Justiça Federal em Curitiba em apoio à Operação Lava Jato foi desmontado pela prefeitura na manhã desta quarta-feira (15). Grupos de manifestantes utilizavam a Praça Pedro Alexandre Brotto, no bairro Ahú, como ponto de encontro e espaço de manifestações de apoio ao juiz federal Sergio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato em primeira instância, que trabalha no prédio em frente à praça desde que a operação começou, ainda em 2014. Quando chegaram ao local nesta quarta, viram que toda a estrutura que tinha sido montada por pelo menos cinco grupos de apoio à Operação tinha sido desmontada por um funcionário da Secretaria de Urbanismo.
De acordo com Narli Rezende, que representa os grupos “contra a corrupção”, os representantes dos movimentos já conversavam com a Secretaria de Urbanismo e do Meio Ambiente para que os grupos pudessem adotar o espaço oficialmente e se responsabilizar pela área. Narli afirma que até mesmo uma audiência estava marcada para tratar do assunto quando a estrutura foi desmontada. “Nós já tínhamos refeito boa parte da estrutura para deixar o acampamento mais bonito já que sabemos que o prefeito Rafael Greca tem o interesse de deixar a cidade mais bonita. Mas fomos surpreendidos e esperamos que o funcionário que derrubou o acampamento seja punido”, disse.
Ainda de acordo com Narli Rezende, o grupo sempre teve cuidado e critérios ao ocupar a praça e afirmou que o próprio secretário de Urbanismo, Marcelo Ferraz Cesar, visitou o espaço e se comprometeu a remontar a área. “Nosso movimento pede Justiça. Sempre buscamos fazer as coisas da forma legal”, afirmou.
Secretaria diz que está orientando os movimentos
A Secretaria de Urbanismo se manifestou por meio de nota, afirmando que a atual administração está orientando os manifestantes sobre a ocupação do espaço para que ela seja feita dentro das normas de urbanismo e meio ambiente da cidade. A pasta ainda afirma que já se reuniu com os manifestantes. “A Prefeitura de Curitiba, por meio da Secretaria de Urbanismo, já se reuniu com os manifestantes nesta quarta-feira (15), informando que, o código de postura da cidade não permite colocar faixas em árvores ou no mobiliário urbano. Outros ajustes poderão ser feitos a pedido da Prefeitura de Curitiba”, diz a nota.
Ainda de acordo com a Secretaria, caso os materiais sejam recolocados de forma irregular, uma nova retirada pode ser feita.