Ultra velocidade

5G em Curitiba: mudança na lei de antenas pode facilitar implantação da nova rede

Implantação do 5G em Curitiba será discutida na Câmara de Curitiba.
Implantação do 5G em Curitiba será discutida na Câmara de Curitiba. Foto: Arquivo/Tribuna do Paraná.

Curitiba pode aperfeiçoar a legislação que impacta na expansão do serviço de internet 5G na cidade. Um Projeto de Lei (05.00293.2021) protocolado na Câmara Municipal no início de novembro, pelas vereadoras Amália Tortato e Indiara Barbosa, do partido NOVO, quer atualizar a legislação municipal sobre a instalação de antenas para desburocratizar a oferta de telecomunicações na cidade.

As mudanças propostas para o 5G em Curitiba vão desde a licença simplificada até a autorização de instalação em qualquer parte da cidade. Lembrando que nas capitais e Distrito Federal o 5G deverá começar a ser oferecido pelas vencedoras do leilão antes de 31 de julho de 2022 e haverá um cronograma de implantação para as demais cidades até 2029.

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Segundo as vereadoras, a legislação atual de Curitiba, em vigência desde 2013, apresenta critérios que estão desatualizados e não se aplicam à logística e ao contexto tecnológico exigido pelo 5G. De acordo com a Associação Brasileira de Infraestrutura para Telecomunicações (Abrintel), atualmente a instalação de antenas está sujeita a um recuo extenso na horizontal e na vertical, o que dificulta a cobertura de sinal de celular especialmente em bairros periféricos.

Para tornar o processo de expansão do 5G em Curitiba mais dinâmico, o Projeto de Lei proposto pelas vereadoras quer a criação de uma licença simplificada, a redução do recuo mínimo para 1,5 metros e a permissão para instalar torres em qualquer parte da cidade.

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Algo semelhante em relação à legislação foi feito em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Como as antenas do 5G são pequenas (cerca de 70 cm), o espaço ocupado é mínimo e os equipamentos podem ser instalados até em cima de bancas de jornal ou em postes do modelo dos que sustentam os radares de velocidade. Segundo informou a prefeitura da cidade gaúcha, Porto Alegre é a primeira cidade do país a oferecer a Licença na Hora.

 Modelo de estrutura e antena foi apresentado em Porto Alegre na segunda-feira (18). / Foto: Giulian Serafim/PMPA

”A implantação do 5G representa um novo marco tecnológico para as redes móveis, o que será fundamental para a recuperação econômica global. Permitirá maior fluxo de dados, maior capacidade e maior velocidade, abrindo espaço a novos serviços e maior produtividade das pessoas e empresas. Desburocratizar a cidade é nossa missão”, afirma a Indiara Barbosa.

Trâmite na Câmara

Protocolado no começo de novembro, o Projeto de Lei 005.00293.2021 vai passar por análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Se for aprovado, será discutido nas comissões temáticas da Câmara, que podem convocar audiência pública para discussão dos interessados perante a sociedade. Apreciado por estes grupos de análises técnicas, estará pronto para votação em plenário. Não há prazo determinado para a tramitação completa e transformação em lei.

Ainda não há um número exato de antenas que terão que ser instaladas em Curitiba para que o 5G funcione. O que se tem é uma estimativa de cálculo apontando que o 5G exige aproximadamente 5 vezes mais antenas em relação ao 4G e de 10 a 15 vezes mais antenas em comparação ao 2G.

Já os aparelhos de celular que aceitam a tecnologia 5G, segundo estimativas de mercado, devem custar a partir de R$ 1,5 mil o aparelho. Mas, a partir da chegada definitiva do 5G e do aumento da demanda dos consumidores, o valor pode variar para menos. 



Leilão

A 5.ª geração de internet móvel no Brasil passou a ser uma realidade em novembro, quando o governo federal realizou o leilão do 5G. Segundo estimativas da União, a inovação deve movimentar mais de 1,2 trilhões de dólares dentro do país nos próximos 5 anos, o que evidencia a importância de preparar a nossa cidade para essa tecnologia.

Atualmente, segundo as vereadoras autoras do projeto, Curitiba ocupa a 4.ª posição das cidades brasileiras mais amigáveis à internet e essa implantação pode avançar mais com a revisão da lei de antenas. Boa parte dos pontos de melhoria está relacionada a obrigações e requisitos para instalação desses equipamentos no município. A burocracia e o excesso de rigor podem atrasar investimentos locais do mercado trilionário do 5G. 

Para a vereadora Amália Tortato, a necessidade de realizar ajustes na legislação mantém Curitiba com a visão para o futuro. “Nosso projeto visa trazer segurança jurídica e modernizar a legislação que trata da instalação das antenas para que a tecnologia 5G possa chegar ao nosso município. Nosso objetivo é ter uma Curitiba moderna, conectada e com uma legislação amigável para tratar desta inovação”, afirma.

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