Um grupo de 400 famílias integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), que ocupa desde sábado (11) uma área de 1,8 hectares na rua João Carlos Aguiar, bairro Campo do Santana, em Curitiba, reclamam que estão tendo dificuldades de receber doações de alimentos, cobertores e roupas.
Segundo o movimento, um bloqueio policial estaria prejudicando a chegada de veículos que levariam itens aos manifestantes, como alimentos e roupas. “Somente o carro da Defesa Civil está passando, e as pessoas que precisam de algo mais urgente, estão precisando andar por quilômetros”, disse o comunicado enviado para a reportagem da Tribuna do Paraná.
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A ocupação
No Facebook, o MTST publicou um texto relatando os motivos da ocupação. “Curitiba é a capital do país que destinou cerca de 0,25% do seu Orçamento Público para o setor de habitação e a crise de moradia só se agravou na pandemia. A ocupação ocorreu em um terreno completamente abandonado desde a década 1980 e que estava sem cumprir a função social. Em meio ao descaso, o povo se organiza para lutar por seus direitos”, diz o texto.
E a dona do terreno?
Em nota, a Incorporadora e Construtora Piemonte informou que é a legítima proprietária do terreno e permanece com seus direitos resguardados sobre a propriedade. Ações judiciais foram ingressadas para que ocorra a reintegração de forma organizada e pacífica, garantindo a segurança de todos os presentes e a ordem pública.
A Tribuna do Paraná procurou a Prefeitura de Curitiba e a Polícia Militar, mas não recebeu nenhum retorno sobre a situação da ocupação no Campo do Santana até a publicação da reportagem.