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A Secretaria do Abastecimento de Curitiba mudou seu sistema de compras e está ampliando o leque de fornecedores de produtos destinados a programas sociais da área. Cooperativas, cerealistas, indústrias e outros fornecedores – de pequeno, médio ou grande porte – estão sendo chamados a participar das licitações convencionais e pregões eletrônicos – sistema adotado pela secretaria a partir de janeiro.

O objetivo, segundo o secretário municipal do Abastecimento, Antonio Leonel Poloni, é garantir a transparência dos processos de compra, melhorar a qualidade e obter o melhor preço dos itens oferecidos à população de baixa renda atendida nos Armazéns da Família, Mercadão Popular e Câmbio Verde. "A intenção é oferecer bons produtos, próximos até mesmo das grandes marcas oferecidas no mercado convencional mas com preços compatíveis com a realidade social das famílias", diz.

A mudança foi bem recebida no mercado. Só na semana passada, 40 empresas manifestaram interesse em participar das licitações. Empresas interessadas podem fazer contato diretamente com a Secretaria Municipal do Abastecimento, pelo telefone (41) 263.2627.

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O novo sistema de aquisição de produtos agradou aos dirigentes da Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar). "A prefeitura está de parabéns, tanto em privilegiar produtores paranaenses como na transparência do processo", declarou o superintendente adjunto da Ocepar, Nelson Costa.

A Ocepar, segundo Costa, já começou a divulgar a iniciativa da Prefeitura de Curitiba junto às cooperativas do Paraná. "É um número expressivo de itens e tenho certeza que os fornecedores paranaenses têm plenas condições de atender grande parte da lista de produtos, tanto em preço como em qualidade", afirmou Costa.

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Os programas sociais ligados à Secretaria Municipal do Abastecimento oferecem, a preços mais baixos do que no mercado convencional, 97 itens de produtos essenciais – de alimentação, higiene e limpeza. Os programas atendem famílias com renda mensal de até três salários mínimos.

Margarina, leite e derivados, feijão, arroz, açúcar, doces, sucos e carnes em geral são alguns dos itens que podem ser fornecidos pelas cooperativas paranaenses. Para a compra dos produtos, a prefeitura gasta em média R$ 2,5 milhões por mês.

De acordo com o superintendente da Secretaria do Abastecimento, Norberto Ortigara, também a lista de produtos poderá ser modificada em breve. "Isso vai depender do resultado de um diagnóstico que está sendo feito pelas Administrações Regionais, onde a população usuária desses programas está sendo ouvida", diz Ortigara. O diagnóstico pretende avaliar a eficiência dos programas ponto a ponto.

Outra meta da Secretaria de Abastecimento é tornar as lojas dos programas Armazém da Família e Mercadão Popular mais eficientes e atrativas, uma vez que nos últimos anos mais da metade dos usuários deixou de adquirir seus produtos nesses pontos. Embora 170 mil famílias estejam cadastradas, apenas 40 mil são usuárias de fato dos programas.

"Nossa meta é resgatar esses usuários e chegar a atender de fato pelo menos 200 mil famílias. Queremos ainda estender os programas à região metropolitana, que também tem famílias na mesma situação de risco alimentar", esclarece o superintendente. O primeiro município a retomar a parceira com a prefeitura foi Araucária, que vai retomar o programa do Mercadão Popular.

Em Curitiba, as famílias com renda de até três salários mínimos que queiram se cadastrar para ter acesso aos programas devem procurar a associação local de moradores ou a Administração Regional. É importante levar comprovante de renda e endereço e carteira de identidade.