"Conheci Curitiba em 1972. Foi uma passagem rápida de apenas dois dias para um congresso de cardiologia, mas foi suficiente para me apaixonar", relembra o médico argentino Costantino Costantini. Quatro anos mais tarde, vindo de uma especialização nos Estados Unidos, recebeu um convite, fixando-se definitivamente na cidade para trabalhar. "Aceitei a nova realidade muito rapidamente, pois a cidade se diferenciava das demais. É muito gostoso morar aqui", reconhece.
A adaptação ligeira fez com que o cardiologista não encontrasse problemas na sua atividade. "Acabei me tornando um curitibano de coração", brinca, referindo-se ao fato de que trouxe para Curitiba sua paixão pela profissão e seus estudos dos problemas relacionados à cardiologia. Costantini foi responsável, em 1979, pela realização da primeira angioplastia coronária da América Latina.
Já na década seguinte, o médico lembra que a cidade teve uma transformação. "Não somente no aspecto arquitetônico, mas também social. Muita gente veio de fora para viver aqui." E ao contrário de enxergar um inchamento que poderia ser prejudicial a Curitiba, para Costantini o fato foi sinônimo de enriquecimento. "A cidade possui uma pluralidade única, fato que transformou os costumes e o ritmo de vida. Hoje, aquela cidadezinha tranqüila que me acolheu na década de 1970 se transformou numa metrópole com vida social e cultural que não deve nada para lugar algum no Brasil.?
