Curitiba é a segunda melhor cidade brasileira e a quinta melhor da América Latina para se fazer negócios. O ranking é da revista América Economia, publicado neste mês na edição Especial Cidades 2006, que tem como título "A Cidade Inovadora". A matéria levou em conta as principais economias latino-americanas ou aquelas que têm relevância para os negócios realizados no continente. À frente da capital paranaense estão São Paulo, primeiro lugar no ranking, Santiago, no Chile; Monterrey, no México; e Miami, nos Estados Unidos.
Com uma população de 3,2 milhões de habitantes, a Grande Curitiba tem um Produto Interno Bruto (PIB) de US$ 21 bilhões, um indicativo do potencial para atrair novos negócios. Entre as 40 principais cidades da América Latina pesquisadas, Curitiba possui o 15.° maior PIB. Mas, se for avaliado o PIB per capita, a posição de Curitiba é ainda melhor, com a cidade ocupando o 14.° lugar, com US$ 6.595.
Seguindo uma metodologia internacional em que o PIB per capita é ajustado com o custo de vida e índices de violência das cidades pesquisadas, o PIB do curitibano passa de US$ 6.595 para US$ 7.980.
O presidente da Companhia de Desenvolvimento de Curitiba (Curitiba S.A.), empresa responsável pelos projetos de desenvolvimento empresarial e econômico do município, Juraci Barbosa Sobrinho, diz que a cidade possui infra-estrutura que a habilita a receber empresas de qualquer porte, principalmente as que utilizam alta tecnologia.
Prova disso, é que a cidade possui empresas como a Kraft Foods e a Siemens que instalaram na cidade centros próprios de pesquisa de novas tecnologias que são levadas para várias regiões do país. Uma das últimas aquisições é o HSBC que está implantado em Curitiba seu terceiro centro global de tecnologia (GLT) que produzirá softwares usados em 77 países onde o grupo está instalado.
Metodologia
Para a divulgação do ranking, a revista avaliou as principais economias latino-americanas, com mais de 500 mil habitantes, ou que tenham relevância para os negócios no continente. Para esta classificação foram considerados PIB, custo de vida e custo da violência urbana.
Numa segunda fase, foi feita a análise do custo e benefícios que recaem sobre as multinacionais que decidem instalar-se em uma cidade. Neste sentido, como benefício avaliou-se o potencial inovador, a competitividade das telecomunicações, qualidade de vida, segurança e imagem urbana.
Ainda nesta fase, a pesquisa avaliou a qualidade de vida de 235 cidades; os índices de segurança e as taxas de criminalidade oficiais, medidas pelo número de homicídios. Por último foi feita uma consulta com os leitores da revista América Economia.