Curitiba superou a meta da campanha de vacinação contra a pólio, no sábado (20), atingindo uma cobertura vacinal de 98,8%. O Ministério da Saúde estabeleceu como meta a vacinação de no mínimo 95% da população-alvo. Foram vacinadas na capital 134.475 crianças, de um universo de 135.994. Foi a segunda etapa da campanha contra a poliomielite de 2005. Para esta fase, a Secretaria Municipal da Saúde ampliou em uma hora o período de vacinação.

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Foram disponibilizadas 250 mil doses da vacina, em 291 locais, entre 8h e 18h. Três mil pessoas trabalharam na campanha, entre profissionais de saúde e voluntários. Na primeira fase da vacinação, em junho, Curitiba alcançou uma cobertura de 96,9% (131.848 vacinadas). Em 2004, foram vacinadas na primeira etapa 136.069 crianças menores de cinco anos; em agosto, 123.701. A cobertura vacinal foi respectivamente de 100,4% e 91%.

O Brasil não registra casos de poliomielite há 15 anos. No Paraná, o último caso ocorreu em 1986; em Curitiba, em 1985. As campanhas nacionais de vacinação ocorrem há 25 anos. A vacinação em massa continua a ser feita para evitar a reintrodução do vírus da poliomielite no país. A ameaça de reintrodução do vírus existe porque a pólio ainda está presente em vários países, como na Índia, Nigéria, Paquistão, Egito, Afeganistão e Niger.

"Considerando o fluxo crescente de viajantes internacionais, fica evidente o risco da reintrodução do vírus da doença. Por isso, é necessário manter as campanhas nacionais e a vacinação de rotina, com altas coberturas vacinais", diz a diretora do Centro de Epidemiologia, médica Karin Luhm. A médica explica que a pólio é erradicada quando o poliovírus não encontra mais seu hospedeiro humano, o que ocorre com a vacinação.

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"As campanhas são importantes porque vacinam em massa uma parcela definida da população, crianças menores de cinco anos, num espaço limitado de tempo, permitindo uma maior cobertura vacinal", afirma o secretário municipal da Saúde, Michele Caputo Neto. A vacinação em massa também provoca a dispersão de vírus vivos no ambiente, através dos vacinados, formando uma barreira eficaz contra a transmissão, o que protege ainda mais a comunidade.