Movimentos Sociais, Organizações Não Governamentais (Ongs), personalidades ligadas à luta pelos direitos humanos, intelectuais, de toda a América, estão reunidos na Argentina para participar da 3ª Cúpula dos Povos. A reunião, que começou ontem (1º), é um espaço de oposição à 4ª Cúpula das Américas.

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Mais de 500 representantes de organizações sociais, políticas e culturais participam de palestras, debates e oficinas em favor da igualdade e por uma melhor distribuição de riqueza, e também contra a criação da Área de Livre Comércio das Américas (Alca).

A Cúpula dos Povos não faz parte da programação oficial da Cúpula das Américas. Será um momento, segundo os seus organizadores, para criar o que eles chamaram de uma "mobilização continental". O objetivo principal do encontro, como revela um texto publicado no endereço eletrônico (www.cumbredelospueblos.org), é fazer uma manifestação contra a presença do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush.

Com o lema "Outra América é possível", os participantes da Cúpula dos Povos pretendem ter suas reivindicações ouvidas pelos representantes dos 34 países que se reunirão no evento promovido pela Organização dos Estados Americanos (OEA).

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A cidade balneária de Mar del Plata, a 400 quilômetros da capital argentina, Buenos Aires, está sob forte esquema policial para a 4ª Cúpula das Américas, que começa amanhã (2/11). Cerca de 9 mil policiais cuidarão da segurança dos chefes de Estado que virão para o encontro, e de moradores e visitantes.

A cidade está dividida em dois setores, por onde só podem transitar pessoas credenciadas. No primeiro, policiais federais cuidam da segurança dos três edifícios-sede dos principais eventos da Cúpula, como as reuniões bilaterais. A segunda área de restrição está nos arredores dos hotéis onde serão realizadas outras reuniões, como a de ministros das Relações Exteriores com representantes da sociedade civil e do setor privado.

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Fora dessas duas áreas, o acesso está liberado. Mas o espaço aéreo da cidade também está sob restrição e com a chegada de George W. Bush, na sexta-feira (4), o controle deverá ser ainda maior. Bush é uma das presenças mais esperadas do encontro e para esse dia estão marcados protestos contra a presença dele na Argentina.

A 4ª Cúpula das Américas, entre os dias 3 e 6, tem como tema a criação de trabalho para enfrentar a pobreza e fortalecer a governabilidade democrática.

As cúpulas anteriores realizaram-se nos Estados Unidos (1994), no Chile (1998) e no Canadá (2001). Ao final do encontro em Mar del Plata será elaborada uma declaração com propostas dos países participantes.