O presidente da Câmara dos Deputados, João Paulo Cunha (PT-SP), disse hoje que a CPMI do Banestado pode ter errado no método, mas defendeu o relator da comissão, deputado José Mentor (PT-SP), que, em sua opinião, trabalhou corretamente. ?Não é a atuação dele (a ser analisada). É a atuação da CPI, que é um colegiado. Eles podem ter errado no método, mas ele trabalhou corretamente?, disse João Paulo.
O deputado lembrou que, a partir de um CD-ROM com milhares de transações bancárias, os integrantes da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito foram realizando a quebra de sigilo de várias pessoas, mas ressaltou que não vê problema na utilização das informações dentro da CPMI.
?O erro é divulgar informações. Não quebrar o sigilo?, afirmou João Paulo. Para ele, o objetivo da CPMI é descobrir falcatruas no envio de dinheiro através das CC-5 (contas que permitem a remessa de recursos para o exterior). Por isso, garantiu o deputado, as pessoas que não têm problemas não precisam ficar preocupadas. ?Quem é do bem não precisa ter medo. Só teme quem tem algum problema. Qual o problema de quebrar o sigilo de quem enviou dinheiro (ao exterior) e declarou no Imposto de Renda ??, questionou.
Para ele, no entanto, a possibilidade de se acabar com os trabalhos da CPMI também poderia estar atendendo a ?outros interesses?. ?Podem estar atendendo a outros e estar utilizando os bons para encobrir os maus. Eu tenho uma posição muito cética com CPIs?, afirmou João Paulo.
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