A secretária de Estado da Cultura, Vera Mussi, viaja à França representando o governador Roberto Requião no lançamento do Espaço Brasil, em Paris, na próxima sexta-feira (24). Estarão presentes na solenidade de abertura o ministro Gilberto Gil, o prefeito da cidade de Paris, Bertrand Delanoë, e diversas autoridades francesas e brasileiras.
A Semana do Paraná, dentro do Espaço Brasil, em Paris, nas comemorações do Ano do Brasil na França, acontece de 9 a 14 de agosto de 2005. As Secretarias de Estado da Cultura e da Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul, o Provopar e a Imprensa Oficial do Estado participam da homenagem francesa levando artes plásticas, fotografia, arte popular e artesanato, além de diversos produtos orgânicos, espetáculos de música com grupos paranaenses e literatura.
Sobre a arte popular e o artesanato, os europeus e convidados do mundo todo conhecerão peças de marchetaria, cestaria, violas, rabecas e tamancos do fandango, cerâmica, artesanato em palha de milho, além dos personagem e pássaros esculpidos em madeira, e dos soldados cata-vento. A organização dessa área está a cargo do Provopar, dentro do Projeto Arte Nossa.
O curador da galeria de arte contemporânea no Espaço Brasil Evandro Salles percorreu as dependências do Museu de Arte Contemporânea e visitou alguns ateliês, definindo a participação do Paraná com obras de Eliane Prolik, Carina Weidle e Juliana Stein. Além delas, uma antologia paranaense com trabalhos de 14 fotógrafos paranaenses será mostrada por meio de multimídia.
Já a Secretaria de Estado da Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul se encarregará de mostrar aos visitantes o que produzimos em agricultura orgânica: frutas desidratadas, sucos, cachaças, açúcar mascavo, banana passa, chutney de manga, geléias de frutas e de pimenta, chás, chimarrão e conservas salgadas e doces, inclusive com degustação dos produtos.
Espetáculos de música também farão parte da mostra paranaense em Paris, com apresentações dos grupos Três no Choro, Fato e Orquestra Paranaense de Viola Caipira (Cascavel ? PR). Um filme intitulado ?As Muitas Faces de Um Só Paraná? levará à França um pouco da história, formação e cultura paranaenses. Ainda na área da música, um conjunto de cinco CDs do Grupo Gralha Azul, de Paranavaí, será oferecido aos primeiros visitantes do estande do Paraná e aos jornalistas que cobrem o evento.
A Imprensa Oficial do Estado levará o fac-símile do livro Ex-Libris, mostrando uma parte da coleção de Ex-Libris da Biblioteca Pública do Paraná e o livro Bicicletas de Montreal, de Carlos Dalla Stella.
Três no Choro
Três no Choro nasceu em 2002 do encontro de Cláudio Menandro e Rodrigo Capistrano em ocasião de um espetáculo cênico-musical sobre a música popular brasileira dos anos 30 onde ambos faziam parte do grupo responsável pela música. Com a chegada de Leandro Teixeira, percursionista que com seu toque acrescentou à formação a cor que faltava a essa música cheia de energia.
Os três músicos propõem em seu repertório música instrumental brasileira, evidenciando principalmente o choro e também a bossa nova. No ?menu? do trio, compositores já ?clássicos? como Pixinguinha, Benedito Lacerda, Severino Araújo, Waldyr Azevedo, Luiz Americano e Tom Jobim estão ao lado de nomes menos conhecidos do grande público a exemplo de Astor Silva, Pedróca, Ratinho e o violonista Cláudio Menandro que é também compositor e arranjador.
Orquestra Paranaense de Viola Caipira
Criada por Evandro Rogério Roman, com sua sede em Cascavel (PR). A Viola Caipira é um instrumento musical muito popular, e de pouco material sistematizado. Tendo como regente o músico e pedagogo Ricardo Denchuski, que tem a tarefa de formar violeiros e cultivar a música raiz. A OPVC, é constituída por alunos do Curso de Viola Caipira. O curso visa, a formação do violeiro, preparando profissionais de diferenciados níveis sociais e faixa etária (ambos os sexos), indo desde crianças de 10 anos de idade a senhores da terceira idade.
Fato
Formado em 1994, o Fato realiza combinações musicais incomuns para
interpretar autores paranaenses e inéditos. A pesquisa e a experimentação trouxeram ao FATO a consolidação de uma sonoridade e estilo peculiares. Segundo Rodolfo Stroeter, ?o Fato mescla de forma inaudita a tradição (do fandango do Paraná, por exemplo) com o inusitado, percorrendo uma trajetória que, a partir da visão do Sul brasileiro, abrange o Brasil moreno, urbano, rural, nordestino e muitas vezes sideral?. O Fato realizou um importante projeto com a Orquestra Sinfônica do Paraná, com músicas, arranjos e orquestrações assinadas por seus próprios integrantes. O quinto CD tem lançamento previsto para o final deste ano.